Saúde

Covid-19: vacina no ES pode ser obrigatória para matrículas em escolas e viagens internacionais

22 dez 2020 - 07:00

Redação Em Dia ES

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O subsecretário explicou que a legislação vigente já exige a vacinação em dia para alunos, mas que a imunização contra a covid-19 ainda precisa de um debate mais amplo. ES deve iniciar 2021 com 2,9 milhões de seringas para vacinação contra a covid. O assunto foi apresentado pelo secretário da Saúde, Nésio Fernandes, nesta segunda-feira aos prefeitos eleitos e reeleitos de todo o estado
A vacina contra a covid-19, ainda sem previsão para a chegada no Espírito Santo, pode se tornar obrigatória para que sejam realizadas matrículas em escolas e até mesmo para viagens internacionais. A informação foi passada pelo subsecretário em Vigilância de Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (21).

O subsecretário explicou que a legislação vigente no Estado já exige a vacinação em dia para estudantes, mas que a imunização contra a covid-19 ainda precisa de um debate mais amplo. “Devemos trabalhar estimulando a vacinação. No Espírito Santo, temos uma legislação que as matrículas da rede escolar deve ser realizada para as crianças que tenham cartão de vacinação em dia. A mesma medida pode ser adotada para quem queira fazer viagens internacionais, como acontece na febre amarela; acesso à retirada de documentação, entre outras medidas. Esse tema ainda carece de um debate”, disse.

Reblin também foi questionado a respeito de uma fala do secretário de Saúde, Nésio Fernandes, que comentou, recentemente, o fato de que qualquer cidadão pode ser punido se não cumprir as regras de enfrentamento à covid-19. “O secretário fez um comentário acerca da legislação existente. O Código Penal prevê penalidades para quem sabe que está com uma doença que pode ser transmitida para outra pessoa e não evita que isso aconteça. A lei prevê que essa pessoa pode ser responsabilizada criminalmente. Quanto ao uso da máscara, não há lei que preveja punições para isso”, explicou.

O subsecretário também falou sobre a capacidade de testes realizados pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen). Segundo ele, foram adotadas estratégias para a testagem de outras doenças, além da covid-19. Por este motivo, o estado está credenciando laboratórios particulares para ampliar a testagem do novo coronavírus. “Neste fim de ano, vamos manter os serviços funcionando na mesma proporção e velocidade que tivemos ao longo da pandemia”, ressaltou.

De acordo com o subsecretário, a taxa de transmissão do novo coronavírus no Espírito Santo está acima de 1 para todas as regiões do estado. “A pandemia está em regime exponencial. Ela cresce em velocidade muito alta. Esse não é um percentual, é um fator”, ressaltou.

Vacinação no ES
Até o final de dezembro, o Espírito Santo deve acumular 2,9 milhões de seringas que serão utilizadas durante as campanhas de imunização contra o novo coronavírus. Apesar de ainda não possuir nenhuma vacina, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, participou na tarde desta segunda-feira (21) de um encontro com os prefeitos eleitos e reeleitos de todo o estado para tratar sobre o assunto.

Em coletiva de imprensa nesta manhã sobre a divulgação do Inquérito Escolar, o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, comentou a ausência de chefe da pasta e garantiu que o governo já traça suas estratégias de imunização.

“O secretario está nos preparativos finais para participar com a Amunes (Associação dos Municípios do Espírito Santo) de uma reunião com os prefeitos eleitos, visando obviamente repassar aos mesmos informações sobre a Saúde nessa mudança de gestão, especialmente nas atividades relativas ao enfrentamento da pandemia. E obviamente, nesse momento importante, traçar as considerações que a Saúde julga necessárias em relação a vacinação. Devemos no início das próximas gestores municipais iniciar as campanhas de vacinação contra a covid”, disse o subsecretário.

De acordo com Reblin, o Plano Estadual de Vacinação já foi aprovado na pela Comissão Intergestores Bipartite. “O plano é uma síntese das principais atividades de organização da campanha de vacinação, como a estruturação das unidades, expansão da rede de vacinação, logística e identificação de contratação de pessoal. Para isso, os municípios todos deverão, no prazo mais breve possível, elaborar seu planos municipais”.
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Atualizado: 22/12/2020 07:00

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