Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (14), o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, detalhou alguns pontos sobre o enfrentamento a pandemia e também sobre a dengue. Sobre a pandemia da Covid-19, o subsecretário afirmou que houve um aumento de casos durante o Carnaval, mas nas últimas semanas os dados já mostram estabilidade (um pouco mais alta que nas ondas anteriores), mas ainda assim, um quadro estável.
Segundo Reblin, também houve uma redução no número de óbitos em todo o estado, caindo de 51 em janeiro para 2 em março. Mas, o momento também é de alerta para os meses futuros em que pode haver a diminuição de temperatura e o aumento de casos gripais, incluindo a Covid-19.
Sobre a vacinação, o subsecretário fez um importante alerta sobre a possibilidade do aumento de casos e do alto número de pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal. Segundo os dados da secretaria de saúde, a maioria dos casos de pessoas com Covid-19 internadas é de pessoas com alguma falha no sistema de vacinação, falta alguma dose de reforço ou que ainda não iniciou o esquema vacinal contra a Covid-19.
“Essas pessoas que não tem a sua dose na completude são as que, infelizmente, vão para internação ou então ocorre o óbito. A vacina monovalente continua sendo aplicada. A população que não está no grupo prioritário da bivalente deve procurar a rede de saúde. A equipe das unidades de saúde estão preparadas para atualizar seu cartão de vacina”, destaca Reblin.
Tomaram a 1ª dose: 95% do público alvo e a 2ª dose: 85% do público alvo. A partir das doses de reforço, o estado registra falhas: 3ª dose: 52% do público alvo atingido e a 4ª dose: 25% do público alvo atingido.
Sobre a vacina bivalente, o subsecretário lamentou o baixo número de pessoas que buscaram a imunização. Segundo os dados da Secretaria de Saúde registrados até a manhã desta terça, cerca de 62 mil pessoas – nem 10% do público apto – procuraram se proteger.
“É um número muito baixo. Imensamente baixo. E aí é o que comentamos, sobre o risco que temos de uma nova onda quando tivermos a redução da temperatura média. Se nós não tivermos essa população protegida, com essa dose adicional de reforço, da vacina bivalente, que tem o componente da Ômicron, que está causando a maioria dos casos, nós corremos o risco de casos graves e infelizmente trazer óbitos entre nós”, disse.
Ele ainda reforçou que a situação que estado se encontra poderia ser muito pior, se não fosse a vacina disponível e fez um apelo para que as pessoas busquem os postos de vacinação. “O que nós estamos vivendo hoje, essa diminuição tão grande de óbitos e internações é fruto da vacina. O que nos fez vencer aquela etapa mais dramática da pandemia foi a vacinação”, pontua Reblin.
“A gente apela aqui que as pessoas procurem o serviço de saúde pra fazer a vacina, porque isso vai trazer uma tranquilidade muito maior para quando a gente tiver um aumento de casos quando a temperatura diminuir”, completou o subsecretário.
Estado receberá testes mais modernos
Ainda de acordo com Reblin, o Espírito Santo deve receber nos próximos dias, da Fiocruz, um teste de antígeno que detecta Covid-19 e Influenza (Tipo A e B), para que o diagnóstico seja feito com mais precisão.