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O Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, implementou ações voltadas à humanização do atendimento infantil no centro cirúrgico. Desde 2023, crianças atendidas pela unidade são levadas até a sala de operações em carrinhos elétricos, em um momento de interação lúdica com a equipe. Durante os procedimentos, o teto do centro cirúrgico simula um céu estrelado, com o uso de luzes coloridas.
A medida, segundo a psicóloga Mirela Lelo Pieve, responsável pelo setor de Psicologia do hospital, tem como objetivo reduzir a ansiedade e o medo comuns nesse tipo de situação. “O ambiente hospitalar, especialmente o centro cirúrgico, pode ser assustador para uma criança, por isso, pensar em estratégias que tragam conforto emocional é tão importante quanto os cuidados físicos”, afirmou.
A proposta inclui a criação de uma atmosfera visualmente acolhedora, com ambientações diferentes em algumas salas. Equipes das áreas de Cardiologia e Oftalmologia promovem adaptações para transformar o momento pré-cirúrgico em uma experiência menos traumática, utilizando recursos visuais que simulam o céu noturno. As ações fazem parte de um conjunto de estratégias terapêuticas consideradas pela equipe como complementares ao cuidado físico.
Abordagem terapêutica
De acordo com Pieve, estímulos visuais e sensoriais positivos ativam áreas do cérebro ligadas à emoção e ao prazer, com impacto direto na forma como a criança enfrenta a internação. “Esses estímulos não são apenas elementos decorativos, mas estratégias terapêuticas que ajudam a criança a enfrentar a experiência hospitalar com mais leveza, favorecendo uma recuperação emocional mais rápida e uma experiência mais positiva no ambiente hospitalar”, explicou.
Estrutura e acolhimento familiar
Além da ambientação diferenciada para os pacientes, a unidade também oferece recursos voltados ao acolhimento dos acompanhantes. O espaço conta com poltronas reguláveis para os familiares aguardarem durante os procedimentos e equipe multidisciplinar para suporte psicológico, quando necessário.
Segundo o diretor-geral do hospital, Claudio Amorim, as medidas integram uma política de humanização hospitalar. “Entendemos que procedimento como a cirurgia pode causar uma tensão tanto no paciente, quanto em sua família, por isso, hoje temos poltronas reguláveis para os familiares aguardarem com conforto, equipe multidisciplinar para atendimentos psicológicos, se necessário, e até mesmo a magia da infância sendo levada para estes pequenos, transformando o que poderia ser medo em boas lembranças”, declarou.
