Saúde

Câncer de mama: veja seis exames para identificar a doença

04 out 2022 - 07:00

Redação Em Dia ES

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Só até agosto deste ano, um total de 706 mulheres foram diagnosticadas com a enfermidade no Estado
Câncer de mama: veja seis exames para identificar a doença. Foto: Reprodução

Estudos da Associação Americana de Câncer mostram que, se descoberto no início, o câncer de mama tem chances de cura de até 95%. A informação merece atenção, tendo em vista que a doença é apontada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) como a mais incidente em mulheres no mundo. Só até agosto deste ano, um total de 706 mulheres foram diagnosticadas com a enfermidade no Estado.

Até setembro deste ano, 211 mulheres morreram em decorrência da neoplasia no Espírito Santo. O quantitativo acende um alerta aos exames necessários para a descoberta precoce, assim como os principais sinais da doença. Sabe quais são?

De acordo com o ginecologista, Carlos de Moraes, a paciente precisar estar atenta a aparição de caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor, pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

De acordo com o INCA, no Brasil, em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos de câncer de mama, que se descobertos em estágio avançado, terão índice de cura reduzido em até 50%. Para Moraes, os número revelam a importância do diagnóstico precoce. “É fundamental que as mulheres tenham o devido esclarecimento sobre a importância da avaliação periódica e dos exames preventivos”, reforçou.

Quais são os principais exames e quando se deve fazer?

Mamografia
Segundo o ginecologista Carlos Moraes, o exame de rastreio por imagem tem como finalidade estudar o tecido mamário, podendo detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável. O INCA indica que a mamografia deva ser feita a cada dois anos, a partir dos 50 anos, caso não seja encontrada nenhuma alteração. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) defende que as mamografias comecem a partir dos 40 anos.

Ultrassom das mamas
Atuando com ondas sonoras de alta frequência, o exame proporciona imagens da estrutura interna para caracterizar alterações palpáveis ou detectadas à mamografia (geralmente nódulos e assimetrias), assim como para o rastreamento complementar à mamografia em mulheres com mamas densas.

Também possibilita distinguir lesões que não podem ser palpadas, como lesões sólidas e císticas, que exigirão uma biópsia percutânea.

Ressonância magnética
Diferente do raio-x, a ressonância magnética não utiliza radiação e pode ser utilizada como exame complementar. As imagens tridimensionais, muitas vezes, ajudam no diagnóstico da neoplasia. Para realizar a ressonância, pode ser preciso injetar um contraste e, para isso, estar com os rins sem complicações.

Exame de sangue
Quando o corpo desenvolve algum tipo de câncer, é comum que algumas proteínas como a CA 125, a CA 19.9, a CEA, e outras aumentem sua concentração no sangue. Por isso, o exame sanguíneo pode ser importante para detectar a presença de marcadores tumorais e para avaliar a evolução do tratamento.

Exame genético
Estima-se que 10% dos casos de câncer de mama possuem origem hereditária. Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 são responsáveis por grande parte dos casos de cânceres de mama hereditários (tanto que eles possuem esse nome por serem abreviaturas de “BReast CAncer” – câncer de mama, em inglês).

“A análise genética, feita com amostras de sangue e usando técnicas de sequenciamento de próxima geração (NGS) ou Amplificação Multiplex de Sondas Dependente de Ligação (MLPA), é capaz de detectar alterações genéticas patogênicas nesses dois genes, indicando uma pré-disposição ao surgimento tanto do câncer de mama como de ovário”, explicou o ginecologista.

Autoexame das mamas
O método é realizado pela própria mulher, através da palpação dos seios, que pode ser feito em frente ao espelho, em pé e deitada. O autoexame ajuda no diagnóstico de tumores maiores, palpáveis, que já apresentam metástases. Por isso, a indicação hoje é menor, já que o objetivo atual da detecção do câncer de mama é fazer diagnóstico precoce, de tumores pequenos.

“Embora os exames devam ser realizados rotineiramente, com o objetivo de preservar a saúde da mulher, muitas pacientes só marcam consulta quando já estão com os sintomas, correndo o risco desnecessário de não tratar a doença logo no início”, alertou Moraes.

Conhece os principais fatores?
Comportamentais/Ambientais: obesidade e sobrepeso, após a menopausa; atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana); consumo excessivo de bebida alcoólica; história de tratamento prévio com radioterapia no tórax.

Aspectos da vida reprodutiva/hormonais: primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos; não ter filhos; primeira gravidez após os 30 anos; parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona); ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona) por mais de cinco anos.

Hereditários/Genéticos: histórico familiar de câncer de ovário, de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos, e caso de câncer de mama em homem; alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

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Atualizado: 04/10/2022 20:44

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