Saúde

Campanha ‘Dezembro Vermelho’ alerta para prevenção das ISTs

03 dez 2022 - 07:45

Redação Em Dia ES

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O diagnóstico precoce pode ser realizado por meio dos testes rápidos para o HIV, que são gratuitos e disponíveis nas Unidades Básicas de todos os municípios
Campanha ‘Dezembro Vermelho’ alerta para prevenção das ISTs. Foto: Divulgação

O mês de dezembro marca o início da campanha “Dezembro Vermelho”, que chama atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), principalmente aquela causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável pelas defesas do organismo e causa a aids, a síndrome da imunodeficiência humana. Desde o início da epidemia na década de 1980 até dezembro de 2021, foram notificados 18.850 casos de pessoas vivendo com o HIV no Espírito Santo.

De janeiro a novembro deste ano, foram notificados 1.114 novos casos no Espírito Santo, sendo 792 em pessoas do sexo masculino (71,1%) e 322 pessoas do sexo feminino (28,9%). Já em 2021, foram notificados 1.171 novos casos no Estado, com predomínio de pessoas infectadas do sexo masculino, totalizando 883 casos novos (75,4%), e jovens de 20 a 29 anos (39% no total dos casos masculinos). Atualmente, 20.145 pessoas que vivem com HIV/Aids no Espírito Santo.

A médica técnica da Coordenação Estadual de DST/Aids da Secretaria da Saúde (Sesa), Bettina Moulin, alerta para a importância da testagem para identificar a infecção pelo HIV o quanto antes e iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais para ter mais chances de o paciente desfrutar de uma melhor qualidade de vida.

“Todas as pessoas que têm vida sexual ativa sem proteção podem estar infectadas pelo HIV e não saber, já que na maior parte das vezes não há sintomas no início. É importante realizar testes para saber se a pessoa está infectada e, em caso positivo, dar início ao tratamento que não deve ser interrompido”, ressaltou Bettina Moulin.

A médica destaca que, além de cuidar da saúde evitando a evolução da doença, a pessoa infectada que está em tratamento com antirretrovirais também não transmite o HIV para as parcerias sexuais quando a carga viral é indetectável em exames de rotina. “Uma gestante soropositiva, realizando o tratamento adequado e não amamentando o seu bebê após o nascimento, também torna o risco de transmissão à criança muito pequeno”, explicou a médica.

O diagnóstico precoce pode ser realizado por meio dos testes rápidos para o HIV, que são gratuitos e disponíveis nas Unidades Básicas de todos os municípios. O resultado do exame é disponibilizado em apenas 30 minutos.

O Estado recebe do Ministério da Saúde e repassa aos municípios medicamentos de alto custo para o tratamento do HIV e os medicamentos das infecções oportunistas que podem acometer as pessoas que vivem com a aids.

Além disso, a Secretaria da Saúde fornece a Fórmula Láctea Infantil de 0 a 6 meses e a Fórmula Láctea para crianças acima de 6 meses até 2 anos de idade, destinadas à alimentação das crianças verticalmente expostas, uma vez que não podem receber o leite materno devido ao risco de contaminação pela mãe infectada. As fórmulas são distribuídas na farmácia do Hospital Nossa Senhora da Glória, em Vitória (Hinsg), e nos ambulatórios de atendimentos de IST/Aids, além das maternidades do Estado.

Prevenção combinada
Além da testagem específica do HIV, é importante destacar a existência da prevenção combinada, que associa diferentes métodos contra as IST, como sífilis e as hepatites B e C, incluindo as testagens realizadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Outras formas de combater as IST são:

– a prevenção da transmissão vertical do HIV (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez);

– o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;

– a imunização para as Hepatites A e B;

– os programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;

– a oferta das profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP);

– além do tratamento de pessoas que já vivem com HIV.

Todos esses métodos podem ser utilizados pela pessoa isoladamente ou combinados. Apesar de ainda não existir a cura para a infecção do HIV/Aids, se a pessoa infectada realizar adequadamente o tratamento, é possível reduzir a carga viral até torná-la indetectável, o que faz o vírus perder o poder de ataque às células de defesa. Dessa forma, a pessoa pode levar uma vida normal, inclusive não transmitindo o vírus para outras pessoas, mesmo em situações de risco.

No Estado, são 31 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em funcionamento, distribuídos em todas as regiões de saúde do Estado.

Clique aqui, para conferir os locais.

Para informações sobre o Boletim Epidemiológico da Coordenação Estadual IST/Aids/HV – Nº 36 /2022 acesse: https://saude.es.gov.br/boletimepidemiologicodedst

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