O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, até 2025, o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer por ano.
De acordo com o instituto, o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não-melanoma (31,3% do total de casos). Em seguida, vêm os casos de câncer de mama feminina (10,5%) e os de próstata (10,2%).
Levantamento do Inca aponta que nas que têm maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda e terceira posição. E nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro mais frequente na população masculina.
Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do triênio (2023 – 2025), atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Já nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa essa posição.
Os dados deste estudo são considerados fundamentais para a definição de políticas públicas voltadas ao combate ao câncer no Brasil. O Inca organiza as publicações das estimativas sobre a doença desde 1995.
Política de prevenção
O Brasil poderá ganhar, em breve, uma política voltada exclusivamente para o combate e a prevenção ao câncer, que foi a segunda doença que mais matou no país em 2021, com 230 mil mortes.
Na semana passada, o Projeto de Lei 2.952/2022, foi aprovado em votação simbólica em regime de urgência.
O projeto institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo objetivo é garantir a integralidade da assistência ao paciente com câncer, com o acesso adequado ao cuidado da saúde, desde a prevenção até a reabilitação, passando pelo diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos. Ou seja, assegurar o acesso do paciente ao cuidado integral.
“A proposta é mudar a realidade do paciente com câncer e salvar vidas, transpondo os obstáculos por meio de lutas incessantes e alinhadas sempre pela verdade e transparência”, comemora Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto.
Agora, a lei será encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá sancionar ou não o texto.