A Secretaria de Estado da Saúde identificou a circulação de novas variantes da Covid-19 no Espírito Santo. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (6), o secretário interino de Saúde, Tadeu Marino, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, divulgaram um panorama sobre a covid no Estado.
Houve grande aumento no número de casos da doença desde outubro, saltando de 741 casos notificados para cerca de 31.600 em novembro. Foram identificadas também a circulação de outras subvariantes.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que, em média, mais de 37 mil testes de antígenos vêm sido realizados por semana. Somente o Lacen, trabalha com 3.120 exames por semana de RT-PCR. E foi no trabalho de sequenciamento genômico que foram identificadas novas duas subvariantes circulando em território capixaba.
Para Reblin, o momento é de cautela, apesar do número de óbitos provocados pela doença nesta nova onda não ser igual ao início da pandemia. Com relação ao risco individual medido pela letalidade, atualmente a cada 100 pessoas que adoecem pela covid, 1.1 vão à óbito. Já nos meses de novembro e dezembro, a análise reduz essa letalidade para algo em torno de 0,07.
“Mas no coletivo, devido ao aumento no número de casos, esses óbitos vão aumentar proporcionalmente ao aumento de casos. Não na mesma proporção do começo, quando as variantes tinham alta capacidade de reproduzir a doença grave”, explicou.
Em outubro seis pessoas morreram em decorrência da doença. Já em novembro, 21 pacientes perderam a vida. Somente nos primeiros dias de dezembro, foram 7 mortes.
Festividades de fim de ano
O subsecretário de Vigilância em Saúde, alertou para o aumento de casos nas festas de fim de ano. “As pessoas gostariam que confirmássemos quanto tempo ainda dura essa nova onda. Se formos comparar com o início da Ômicron aqui no Espírito Santo, que foi entre os meses de janeiro e fevereiro e depois em julho e julho, deste ano, nós estamos aí há duas semanas de chegar ao nosso topo e depois mais duas semanas de redução. Ou seja, Natal, muito provavelmente ainda teremos a influência da Ômicron”, disse