O Ministério da Saúde informou que apenas 230.796 doses de vacina contra a dengue foram aplicadas no público-alvo, o que corresponde a 18,7% do total.
Ao todo, foram distribuídas 1.235.236 doses de vacina. Os números foram divulgados na quinta-feira (7) e levam em consideração as doses aplicadas até quarta-feira (6).
De acordo com a pasta, o ministério adquiriu todo o estoque disponível das vacinas para 2024 e 2025.
Para este ano, o país receberá 5,2 milhões de doses, além de uma doação de 1,3 milhão, o que vai permitir a vacinação de 6,2 milhões de pessoas.
O público-alvo das vacinas contra a dengue é composto por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
A escolha dessa faixa etária para receber a imunização permite que mais municípios recebam as doses. A pasta também destacou o quantitativo limitado de vacinas disponibilizadas pelo laboratório Qdenga, fabricante das doses.
A definição do público-alvo foi feita em acordo entre estados e municípios, representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), seguindo recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde. O índice de hospitalização por dengue, maior no grupo de 10 a 14 anos, foi considerado para a escolha.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que coordena um esforço nacional para ampliar o acesso a vacina contra a dengue, e disse que atuará em conjunto com o Instituto Butantan e a Fiocruz para expandir a produção de vacinas no Brasil.
A pasta também fez um apelo para que seja intensificada a prevenção para eliminar os focos do mosquito transmissor da doença. Também há a recomendação de que pessoas com sintomas como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações, procure um serviço de saúde para o tratamento adequado.
Casos
O Brasil registrou neste ano 1.318.336 casos prováveis de dengue, com 343 mortes pela doença. O estado de Minas Gerais é líder no número de casos, com 451,731 diagnósticos.
Ao todo, sete estados e o Distrito Federal estão em alerta pelo Ministério da Saúde, por registrarem mais de 500 casos por 100 mil habitantes. São eles: Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Acre, Rio de Janeiro e São Paulo.