Saúde

Agosto dourado: aleitamento materno beneficia saúde bucal dos bebês

25 ago 2024 - 04:25

Redação Em Dia ES

Ministério da Saúde

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O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia
Agosto dourado: aleitamento materno beneficia saúde bucal dos bebês. Foto: Jose Luis Pelaez Inc/Getty Images/BBC

Os bebês devem ser alimentados até os seis meses de idade somente com leite materno, não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais. Além de proporcionar benefícios nutritivos e imunológicos, o aleitamento materno pode ajudar no desenvolvimento da respiração, deglutição, fala, mastigação e até na redução da cárie da primeira infância (CPI), que acomete crianças até seis anos de idade.

O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida.

Evidências sugerem que bebês amamentados no primeiro ano de vida têm menos recorrência de cárie dentária em relação aos que consomem fórmula infantil. Ao mamar, o bebê diminui a exposição inadequada ao flúor e evita o consumo precoce de açúcares, impactando diretamente na prevenção da cárie.

Segundo dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), em 2022, 144 mil crianças de todo o país tiveram a primeira consulta odontológica, e no ano seguinte o número passou para 180 mil. No Espírito Santo, a quantidade de crianças que receberam sua primeira consulta passou de 1.805 em 2022 para 2.313 em 2023, mostrando a importância de integrar práticas de amamentação com cuidados odontológicos preventivos para promover uma saúde bucal ideal desde os primeiros anos de vida.

No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a odontopediatria é ofertada nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com as equipes de saúde bucal (eSB), que são qualificadas para atender as crianças, inclusive bebês para orientação nas práticas de amamentação.

Para Doralice Severo da Cruz, coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, o aleitamento materno desempenha um papel essencial na saúde bucal da criança: “Dos benefícios da amamentação para o bebê, podemos destacar o desenvolvimento da mandíbula e dos músculos faciais, o que contribui para um alinhamento correto dos dentes no futuro”, explicou.

“Amamentar promove a sucção correta, que é essencial para o desenvolvimento de hábitos saudáveis e a formação de uma mordida adequada. Desta forma, incentivamos que as mães continuem amamentando com confiança seus bebês, sabendo que está dando à criança o melhor começo possível para uma vida cheia de sorrisos brilhantes”, completou Doralice.

A ausência da amamentação ou, ainda, o desmame precoce resultam na falta de estímulos para o desenvolvimento craniofacial. Além disso, a introdução de bicos artificiais, como mamadeiras e chupetas, movimentam uma musculatura diferente da correta, podendo ocasionar hipertonia muscular, alterando a estrutura bucal.

A partir dos 6 meses, a introdução alimentar deve ser iniciada, de forma lenta e gradual com produtos naturais dos diferentes grupos – frutas, legumes, verduras, tubérculos, cereais e feijões. O consumo de açúcares e alimentos ultraprocessados é fortemente contraindicado até os 2 anos de idade, pois aumentam o risco à cárie, asma, alergias, obesidade e doenças cardiovasculares no futuro

Segundo a SB Brasil 2020/2023 – pesquisa que avalia as condições de saúde bucal da população, 53,2% das crianças entrevistadas estavam livres de cáries. O índice é 14% maior do que o resultado do último estudo, em 2010, em que foi registrado 46,6%. Mais de 40 mil pessoas foram examinadas nas 27 capitais e em 403 cidades do interior de todo o país. Dessas, 7.198 são crianças de 5 anos de idade.

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