Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), insuficiência renal, cegueira e amputação de pernas e pés são alguns dos problemas que um paciente diagnosticado com diabetes pode ter caso não tome os devidos cuidados.
A informação vem seguida de um alerta: no Espírito Santo, há cerca de 270 mil diabéticos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mas metade da população sequer sabe que tem a doença e só a diagnostica quando tem alguma complicação.
Para jogar luz sobre o problema e garantir melhor qualidade de vida para essas pessoas, o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) realiza amanhã (31), às 14h, no Plenário Rui Barbosa, na Assembleia Legislativa, a 1ª Reunião da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, que tratará do tema: “Diabetes: Falta de Rede Médica Especializada no ES”.
Para jogar luz sobre o problema e garantir melhor qualidade de vida para essas pessoas, será realizada hoje (31), às 14h, no Plenário Rui Barbosa, na Assembleia Legislativa, a 1ª Reunião da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, que tratará do tema: “Diabetes: Falta de Rede Médica Especializada no ES”.
“Quando completei 37 anos, descobri que era diabético. Travo uma guerra diária: preciso fazer dieta e exercício físico. Cortei o açúcar. Mas não é fácil! É uma doença crônica e silenciosa. É preciso acompanhamento rigoroso. A doença pode atacar os rins, o coração e a visão. A cicatrização é difícil. Conheço casos em que há necessidade até de amputação. Eu tenho acesso à informação e ao tratamento, mas grande parte dos diabéticos, não! Precisamos levar isso para as pessoas”, declarou o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), destacando a importância de promover a “educação em diabetes”.
De modo geral, o diabetes apresenta sintomas como sede e fome excessivas, vontade de urinar várias vezes por dia e cansaço. Dependendo do tipo, ainda podem ocorrer perda de peso, mudanças bruscas de humor, náusea, vômito, demora na cicatrização de feridas, disfunção sexual e infecção na bexiga, pele e rins.
Basicamente existem dois tipos de diabetes. O chamado Tipo 1 afeta principalmente crianças e adolescentes. É uma doença autoimune que se caracteriza pela falência das células do pâncreas que produzem a insulina. Esse hormônio tem a missão de despejar a glicose dentro das células para geração de energia e a falta do mesmo permite que a glicose fique concentrada no sangue.
No caso do Tipo 2, desenvolvido pelo deputado, geralmente as pessoas mais acometidas são as que têm mais de 40 anos e as com quadro de obesidade. A principal causa é a resistência à insulina, geralmente causada pelo excesso de peso ou obesidade. Um dos principais traços é a hereditariedade e, por isso, são frequentes vários casos na mesma família. Aproximadamente 90% dos casos de diabetes são desse tipo.
“Qual é a minha ideia com a Frente Parlamentar? Primeiro, garantir a realização dos testes, que vão detectar a doença. Depois, informar as pessoas sobre como elas devem proceder para ter acesso aos medicamentos disponibilizados gratuitamente na rede pública. Vamos discutir políticas públicas que possam melhorar a qualidade de vida do diabético”, garantiu o parlamentar.
Para a coordenadora da Adies, Lorena Bucher, ainda há muito a ser feito para garantir políticas públicas em favor dos diabéticos. “Nossa expectativa é de que, com a criação da frente, possamos chamar a atenção do governo do Estado, declarou.
Lorena destaca que o principal desafio é garantir um tratamento de bom nível para os diabéticos. Ele conta que muitas vezes os municípios não possuem médicos endocrinologistas para atender os pacientes e lamenta a burocracia para obter os medicamentos.
“O correto é que a pessoa diagnosticada com diabetes possa ter imediatamente o acompanhamento de um endocrinologista, e não de um clínico geral. Há uma fila de espera de até dois anos para ter acesso ao especialista. Enquanto isso, a situação do paciente vai complicando muito. O clínico não é especialista. Existe uma formação específica para isso. Precisamos criar um Centro de Referência de Diabetes no Estado”, cobrou.