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Cúpula do Clima da América aconteceu de 25 a 27 de junho na Colômbia

02 jul 2024 - 21:03

Redação Em Dia ES

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Cacique João Kaba. Foto: Divulgação

Os principais temas abordados foram o direcionamento das regulamentações sobre os mercados de carbono nos países da região e a contribuição do mercado de carbono voluntário no apoio às ações climáticas


O principal evento sobre mercados de carbono da América Latina e do Caribe organizado pela IETA (International Emissions Trading Association) e pela ASOCARBONO (Asociación Colombiana de Actores del Mercado de Carbono) aconteceu em Cartagena das Índias, na Colômbia, entre os dias 25 e 27, nesta última semana que fechou o mês de junho.

De acordo com Leonardo Lopes Pimenta, advogado da maior desenvolvedora de créditos de carbono no Brasil, a Brazil Agfor – empresa especializada em executar e gerir projetos ligados a crédito de carbono – os principais temas abordados foram o direcionamento das regulamentações sobre os mercados de carbono nos países da região – como garantir a implementação adequada de salvaguardas e co-benefícios, projetos REDD+ e programas jurisdicionais, sincronização de instrumentos entre jurisdições nos Estados nacionais e subnacionais – e a contribuição do mercado de carbono voluntário no apoio às ações climáticas.

Com dezenas de eventos sobre ESG (sigla comumente usada em inglês para referir-se a temas de cunho ambiental, social e de governança), as autoridades governamentais, empresariais e líderes de opinião de todo o mundo reuniram esforços para criar, dimensionar e colaborar no setor de mercado de carbono.

Ainda de acordo com Dr Leonardo Pimenta, esse encontro permitiu às empresas e aos governos tomarem ciência da veracidade dos projetos de créditos de carbono desenvolvidos no Brasil, e terem maior clareza sobre as inconsistências e as diligências que devem ser adotadas pelos compradores para não serem surpreendidos com possíveis irregularidades.

“Desenvolvemos projetos com responsabilidade, monitorando ativamente as ameaças. Além disso, investimos parte da receita em projetos sociais que beneficiam comunidades locais, como escolas, postos de saúde e habitação” explica Michael Greene, CEO da gigante americana do ramo, Brazil Agfor LLC, presente no evento, em Cartagena.

A empresa de Michael Greene construiu uma infraestrutura mais tangível relacionada aos projetos de crédito de carbono e estabeleceu um alto padrão no mercado de carbono.

“Construímos seis escolas, seis postos de saúde, 30 unidades habitacionais para professores e mais seis centros comunitários com refeitórios. Tudo isso foi fruto das vendas dos créditos”diz o CEO da Brazil Agfor.

Indígenas de diversas etnias também estiveram presentes no evento. É o caso dos Mundurukus, Cinta Larga e Paritintins.

“A expectativa para este evento é muito grande para a comunidade Cinta Larga. Queremos ter a oportunidade de apresentar nosso projeto e todos os benefícios que ele nos trará. São estruturas de escola, postos de saúde e moradia. Temos, também, a expectativa de vender nossos créditos”afirma Elizabete Cinta Larga.

Além disso, o evento contou com a presença do Cacique João Kaba, um marco histórico para todos os povos indígenas que lutaram por quase uma década para desenvolver e aprovar seus projetos. Fato que não seria possível sem o apoio da Funai, do Ministério Público Federal e da Brazil Agfor.

Por fim, as lideranças indígenas presente se viram em um evento internacional discutindo a descarbonização do mundo e apresentando seus projetos para os mais diversos compradores e governos.

Lideranças indígenas. Fotos: Divulgação
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Atualizado: 22/07/2024 18:08

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