Em sua opinião, a alternativa reduz o clientelismo e a quantidade de votos nulos e “inconscientes”.
Ferraço argumentou que o voto é um direito, não um dever, e o cidadão deve ter a liberdade de não o exercer.
– O voto facultativo é adotado por todos os países desenvolvidos e de tradição democrática na tradição ocidental. Nenhum deles obriga os cidadãos a ir às urnas contra sua vontade. São os regimes autoritários que têm preferência pelo voto obrigatório – disse o senador.
Ferraço lembrou que, em 1932, quando foi instituído o voto obrigatório, o perfil da sociedade brasileira era muito diferente.
Ele lembrou que nas eleições de 2012 a abstenção atingiu 14% no primeiro turno e 19% no segundo turno – números ainda mais expressivos se somados os votos brancos e nulos.
Para o senador, a falta de interesse do eleitor é um “posicionamento político legítimo”, cabendo aos partidos cativar os cidadãos para a participação no processo eleitoral.
– [Os números] traduzem, em fina verdade, a mesma coisa: o desinteresse, para não dizer a desconfiança e a desilusão, de parte relevante dos eleitores brasileiros com a política institucional — afirmou.
Fonte: agenciacongresso.com.br