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Responsabilidade fiscal é compromisso do governo e será mantida à risca, diz Lula

03 jul 2024 - 16:16

Redação Em Dia ES

com Reuters Brasil

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Fala ocorre após uma disparada do dólar em meio a uma desconfiança do mercado com a situação fiscal do país e desconforto com declarações do presidente sobre o Banco Central
Responsabilidade fiscal é compromisso do governo e será mantida à risca, diz Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou cerimônia de lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar, nesta quarta-feira, para afirmar que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo, após uma disparada do dólar nos últimos dias em meio a uma desconfiança do mercado com a situação fiscal do país e desconforto com declarações do presidente sobre o Banco Central.

“A gente vai ter uma política econômica sem causar sobressalto a ninguém, a gente vai ter uma política econômica que vai fazer esse país crescer, a gente vai continuar fazendo transferência de renda, e a gente ao mesmo tempo vai continuar com a responsabilidade que nós sempre tivemos”, disse Lula. “Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003, e a gente manterá ele à risca”, acrescentou.

Na véspera, o dólar encerrou o dia a 5,6665 reais, maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, mesmo tendo desacelerado a alta em meio a rumores de que o Banco Central estaria consultando as Tesourarias de bancos sobre eventual intervenção no câmbio.

Tendo como pano de fundo os ataques constantes de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ao nível da taxa Selic, hoje em 10,50%, surgiram no mercado temores de que o governo poderia alterar a dinâmica do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em negociações com a moeda norte-americana — algo já adotado no passado –, o que foi negado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nesta quarta-feira, no entanto, o dólar operava em baixa no Brasil diante da expectativa de reunião entre Lula e ministros da área econômica, à tarde, para tratar do câmbio e da situação fiscal. Após o discurso de Lula, a moeda norte-americana acentuou a queda e chegou a cair mais de 2%.

Em entrevista a jornalistas no Planalto após o evento, Haddad disse que a diretoria do Banco Central tem autonomia para atuar no câmbio como entender conveniente e que não há orientação contrária. Acrescentou ainda sua crença de que o dólar vai se acomodar, afirmando que a responsabilidade fiscal é um compromisso da vida pública do presidente.

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Atualizado 03 jul 2024 - 16:47

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