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PF confirma adulteração na carteira de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura

03 maio 2023 - 13:37

Redação Em Dia ES

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A adulteração ocorreu para facilitar a entrada da família Bolsonaro nos Estados Unidos durante a pandemia
PF confirma adulteração na carteira de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Após a busca e apreensão na casa do ex-presidente, Jair Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Federal confirmou que a carteira de vacinação de Bolsonaro foi adulterada. A adulteração ocorreu para facilitar a entrada da família Bolsonaro nos Estados Unidos durante a pandemia.

As primeiras informações revelam que foram forjadas as carteiras de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura Bolsonaro – sendo uma menor de idade, 12 anos. Além deles, as carteiras de Mauro Cid, sua esposa e filha também foram alteradas.

Até o momento, o celulares da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, e Jair Bolsonaro foram apreendidos.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Venire para esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

Operação
As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19.

A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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Atualizado: 03/05/2023 14:00

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