O Brasil está próximo de sair do Mapa da Fome, pouco mais de dois anos após retornar à lista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Atualmente, o país ocupa a 94ª posição entre 111 nações analisadas pela FAO.
Jorge Meza, representante da FAO no Brasil, explicou em entrevista à ONU News que o país está perto de atingir o índice necessário para deixar o Mapa da Fome.
“Para que um país saia do Mapa da Fome, o nível de fome deve ser igual ou inferior a 2,5%. Atualmente, o Brasil apresenta uma média móvel de 3,9% no período de 2021 a 2023. Estamos muito próximos de alcançar a meta de 2,5%”, afirmou Meza.
Os números recentes mostram um progresso significativo: mais de 14,7 milhões de brasileiros saíram da condição de fome no último ano. Além disso, a média de insegurança alimentar grave caiu de 8,5% no período de 2020 a 2022 para 6,6% entre 2021 e 2023. Meza destacou também a importância da ciência e da tecnologia na agricultura sustentável para assegurar a segurança alimentar a longo prazo.
Meza acredita que o Brasil pode se tornar um exemplo global, compartilhando conhecimentos e experiências por meio de parcerias como a Cooperação Sul-Sul, visando promover a segurança alimentar em nível mundial.
O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, comentou a declaração da FAO:
“Em 2023, a queda na insegurança alimentar foi de 4,2% para 2,8%. Estamos muito próximos da meta. Em 2024, 2025 e 2026, pretendemos continuar reduzindo a fome até alcançar a média trienal igual ou abaixo de 2,5% e retirar o Brasil do Mapa da Fome novamente.”
Dias ressaltou que, desde o início de 2024, o governo federal tem trabalhado intensamente, integrado com o Sistema Único da Assistência Social e o Sistema de Segurança Alimentar.
“Estamos implementando o Plano Brasil Sem Fome e a Redução da Pobreza com mais igualdade. Até julho, cadastramos e beneficiamos cerca de 4 milhões de pessoas, incluindo 1,4 milhão de famílias. O trabalho continuará para alcançar nosso objetivo é tirar o Brasil do Mapa da Fome sob a coordenação do presidente Lula.”