política

Nos Brics, Lula pede fim de conflitos e enfrentamento a questões do clima

23 out 2024 - 09:37

Redação Em Dia ES

Com CNN Brasil

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Presidente discursou, por videoconferência, na Sessão Plenária Aberta da Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia
Lula discursa por videoconferência na Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia. Foto: Reprodução/Vídeo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu paz para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia durante o seu discurso na Sessão Plenária Aberta da Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia. O chefe do Executivo discursou por videoconferência nesta quarta-feira (23).

No discurso, Lula também falou sobre a guerra do Oriente Médio. O presidente afirmou que tanto o conflito em Israel, quanto o existente entre Rússia e Ucrânia, tem capacidade de se tornarem guerras globais.

“Essa insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano. Evitar uma escalada e iniciar negociações de paz também é crucial no conflito entre Ucrânia e Rússia. No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar juntos em prol de objetivos comuns”, disse.

De acordo com o presidente, o Brasil irá reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países quando assumir a presidência dos Brics, a partir de 1º de janeiro de 2025.

“Representamos 36% do PIB global por paridade de poder de compra. […] Entretanto, os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas. É um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo desenvolvido. As iniciativas e instituições do Brics rompem com essa lógica”, afirmou.

Mudanças climáticas
O chefe do Executivo disse que os países dos Brics são atores “incontornáveis” no enfrentamento da mudança do clima, mas afirmou que os países ricos têm maior responsabilidade sobre a crise climática.

Para Lula, os países desenvolvidos precisam implementar medidas que vão além dos US$ 100 bilhões em financiamento climático para nações mais pobres. O compromisso foi firmado em 2009, mas só foi cumprido em 2022, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O Brics é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima. Não há dúvida de que a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, cujo histórico de emissões culminou na crise climática que nos aflige hoje”, disse.

Participação virtual
Lula está no Palácio da Alvorada, em Brasília, e participou do evento por videoconferência. O presidente brasileiro participaria presencialmente da cúpula dos países dos Brics, mas, seguindo recomendação médica, cancelou a viagem após sofrer uma queda no banheiro do Alvorada no sábado (19).

Presencialmente, Lula será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que embarcou na noite de domingo (20).

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Atualizado: 23/10/2024 10:04

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