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‘Não entreguei meu cargo e o presidente não pediu’, diz Pazuello

15 mar 2021 - 07:00

Redação Em Dia ES

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Ministério da Saúde havia divulgado uma nota semelhante, na qual afirmava que o general permanecia no cargo “até o presente momento”
Em meio às especulações sobre a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, a assessoria do general divulgou na tarde deste domingo, dia 14, uma declaração na qual ele afirma que não entregou o cargo e que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não solicitou a sua saída. Ele afirmou, porém, que entregará a pasta assim que o mandatário pedir.

“Não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”, anunciou Pazuello, por meio de sua equipe de imprensa.

Antes, o Ministério da Saúde havia divulgado uma nota semelhante, na qual afirmava que o general permanecia no cargo “até o presente momento”. “O Ministério da Saúde informa que até o presente momento o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da Pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”, informou o texto.

Segundo a assessoria do ministro, ele se prepara para dar uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, dia 15, para tratar de vacinas e de atendimento em Estados como Acre e Rondônia.

A pressão para a substituição de Pazuello vem crescendo nos últimos dias, à medida que o número de mortes em decorrência da covid-19 no Brasil bate recordes. O ministro pode sair alegando problemas de saúde, segundo o jornal O Globo.

Como mostrou neste sábado, 13, a Coluna do Estadão, a cúpula do Congresso iniciou na sexta-feira uma ofensiva para tirar o general do comando da Saúde com a apresentação de nomes técnicos e gestores com conhecimento do SUS.

Um dos nomes apresentados é o da cardiologista Ludhmila Hajjar, que já conversou com o presidente Jair Bolsonaro neste domingo, conforme confirmação da Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações. A indicação foi levado ao chefe do Executivo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Pazuello é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal pela crise no sistema de saúde e tem sido cada vez mais contestado no Congresso.

Áudio tira médica do topo da lista para substituir Pazuello
A cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, perdeu a preferência na lista de nomes feita pelo governo. A médica havia sido recebida pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada neste mesmo domingo, pouco mais cedo. Ao longo do dia, segundo o jornal O Globo, teria chegado a Bolsonaro informações que circulam nas redes sociais sobre diversas declarações da médica, incluindo um áudio atribuído a Hajjar afirmando que o presidente é “psicopata”.

No áudio atribuído à médica, ela deria dito, segundo o jornal, o seguinte:  “Nem sei o que vai acontecer com esse Brasil. Vai pegar fogo. Só sei que quero o Caiado presidente, só isso. Porque ele foi corajoso. Chega. Tem que cair esse JB. É um psicopata.”

Seguidores do presidente reagiram nas redes sociais, com críticas à eventual nomeação de Ludhmila. Alguns posts mostravam vídeo em que a médica aparece conversando com a ex-presidente Dilma Rousseff.

Professor do Incor entra na lista de cotados para Ministério da Saúde
O cardiologista José Antonio Franchini Ramires entrou na lista dos nomes cotados para assumir o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello, apurou a CNN com fontes do Palácio do Planalto.

Mestre e doutor em Cardiologia, Ramires já foi diretor e é, atualmente professor titular do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a Universidade de São Paulo. 

À CNN, o médico confirmou na noite deste domingo (14) que foi procurado nas últimas horas pela “assessoria do presidente” Jair Bolsonaro para “enviar curriculum”. Procurado oficialmente, o Planalto não respondeu. 

O nome de Ramires tem sido defendido por integrantes da ala ideológica do governo e por aliados de Bolsonaro em São Paulo. Eles argumentam que o médico é mais alinhado ao presidente que a doutora Ludhmila Hajjar.
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Atualizado 15 mar 2021 - 07:00

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