“Governo tem prioridade em solucionar os problemas com a logística do Espírito Santo”
A Federação das Indústrias do Espírito Santo tem construído pautas em prol do desenvolvimento do Estado e tem articulado ações que promovem o crescimento socioeconômico. Um dos assuntos das agendas estratégicas é o destrave dos projetos de melhoria da infraestrutura e logística do Estado, que dificulta a competitividade da indústria capixaba.
Em entrevista no XI Meeting de Líderes Industriais, o Ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ressaltou que o Governo tem prioridade em solucionar os problemas com a logística do Espírito Santo.
Como está o processo de revisão quinquenal do contrato da BR 101?
A BR 101 está no processo de revisão quinquenal que a gente espera concluir o mais rápido possível e vai redefinir os parâmetros do contrato. Isso é importante para sustentabilidade financeira do contrato de concessão e vamos trabalhar para liberar o licenciamento dos eixos ao norte do estado para que a empresa possa também já trabalhar a duplicação norte, enquanto estamos fazendo a duplicação do trecho de Viana pra Guarapari. Inauguramos também esse ano o contorno de Iconha. Então, os trabalhos tão andando num ritmo adequado e a gente precisa agora liberar mais frente para que a empresa possa trabalhar dentro de um contrato que esteja com os parâmetros ajustados.
Já temos previsão para a liberação das obras da BR 262?
Devemos conseguir no TCU a autorização para continuar os sete quilômetros de obras que foram paralisadas. Temos uma confiança muito grande que isso vai ser possível com uma nova concessão e, muito em breve, nos próximos 30 ou 40 dias devemos colocar a consulta pública da concessão da BR 381 Minas e BR 262 na praça para ouvir como a sociedade enxerga o modelo que vai ser proposto pelo Ministério da Infraestrutura para essa nova concessão.
É possível conceder a EF 354 juntamente com EF 118?
Estamos trabalhando firme nisso. O processo de prorrogação da Vale conclui na próxima semana e estará indo lá para o Tribunal de Contas da União e nesse contrato a gente tem a previsão de fazer o início da EF 118. Então, o investimento lá está garantido e acertado com a Vale. Vamos fazer a atribuição do trecho de Cariacica pra Anchieta pra Vale, que é uma coisa boa, porque ela não só vai construir, como ela vai operar a ferrovia, e isso vai trazer de volta os investimentos, vai trazer royalties, o minério. Nós temos lá as pelotizadoras e o porto que estão com capacidade ociosa e a Vale vai fazer também o projeto segmento inteiro, de Cariacica até o Rio de Janeiro. Ou seja, a gente faz essa primeira perna, mas já deixa projeto pronto para as outras, já com previsão de tentar construir uma solução para seguir na EF 118. Por enquanto, nós não temos a previsão de trabalhar na EF 354.
Vai ser possível o Espírito Santo crescer em relação à infraestrutura?
Com certeza! Estamos falando de desestatizar a Cadesa, que vai trazer uma enxurrada de investimento privado no setor portuário, vamos contribuir para o investimento da Imetame, que é de terminal privado, estamos falando em fazer ferrovia, de estender até Anchieta, de fazer a concessão das BRs 262 e 101, de fazer o contorno do Mestre Álvaro e o acesso à Catuaba, investir na BR 259. Temos a concessão do aeroporto de Vitória e vamos ter investimento nos aeroportos de Linhares e Cachoeiro. Então, não tenho dúvidas de que o Espírito Santo vai ter outra percepção no que diz respeito à logística.