política

Magno Malta é condenado por fake news sobre massacre do Jacarezinho

04 dez 2021 - 08:30

Redação Em Dia ES

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Ex-senador do ES e deputado federal publicaram foto de mulher com arma que teria envolvimento com bandidos dizendo que era mãe de vítima da chacina
O ex-senador pelo Espírito Santo Magno Malta foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar a mãe de uma das 29 vítimas do massacre do Jacarezinho, ocorrido em maio deste ano, por disseminação de fake news.

Adriana Santana de Araújo Rodrigues, mãe de Marlon Araújo Santana, 23 anos, assassinado na operação da polícia do Rio de Janeiro, entrou na Justiça contra Magno Malta e também o deputado federal pelo Rio de Janeiro Alberto Barros Cavalcante Neto, depois que eles postaram nas redes sociais a foto de uma mulher com arma de fogo que teria envolvimento com bandidos dizendo que ela era Adriana.

Na sentença, a juíza Claudia Cardoso de Menezes determinou o pagamento de R$ 10 mil por danos morais para Adriana, sendo que cada réu terá de pagar metade do valor (R$ 5 mil). De acordo com sentença publicada nesta quinta-feira (02), os réus têm 15 dias para efetuar o pagamento.

“Extrai-se dos documentos que a pessoa que segurava a arma de fogo não era a autora, sendo considerada notícia falsa. Os réus além de não procurarem checar a veracidade das informações antes de divulgar o referido conteúdo nas redes sociais, acabaram, com suas condutas, por dar credibilidade ao conteúdo ofensivo. É evidente que as publicações dos réus atingiram a dignidade da parte autora, pois acabaram por ironizar o luto pela perda do seu filho e mancharam sua reputação perante a sociedade”, afirmou a juíza, na sentença.

Ainda na sentença, a juíza destacou que Magno Malta foi senador e Alberto Barros Cavalcante Neto é deputado federal, ou seja, réus são figuras públicas com ciência do impacto de suas declarações nas redes sociais. “Ainda mais ao disseminar conteúdo sem antes verificar a veracidade das informações, sendo certo que os réus admitiram que compartilharam a foto por acreditar que a pessoa da foto era a autora”, diz o texto.

À Justiça, Malta e Cavalcante Neto disseram que suas publicações não identificaram a autora do processo pelo nome e nem tiveram a intenção de macular a sua honra.
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Atualizado: 04/12/2021 08:30

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