São promessas de campanha e outras ações com apelo popular. O chefe do Executivo e seu entorno avaliam que Lula foi eleito em 2022 com uma margem muito estreita e, por isso, não tem gordura para queimar. A ordem é evitar ao máximo desgastes políticos.
Lula teve 50,9% dos votos válidos. Qualquer perda de popularidade é indesejada. Uma pesquisa divulgada em 1º de fevereiro mostrou que a aprovação do petista estava em 52%, próximo do percentual de votos que teve na eleição.
O mais recente desses anúncios foi na 5ª feira (2.mar.2023). Lula divulgou o formato do novo Bolsa Família, que substituirá o Auxílio Brasil, criado na gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
Eis as medidas:
- Combustíveis (1º.jan) – prorrogação da desoneração dos combustíveis, que foi em parte revertida nos casos da gasolina e do etanol em 28 de fevereiro;
- Auxílio de R$ 600 (2.jan) – manutenção do adicional de R$ 200 para o Auxílio Brasil, que perderia a validade e deixaria de pagar R$ 600;
- Auxílio Gás (2.jan) – manutenção do benefício;
- Minha Casa, Minha Vida (14.fev) – retomada do programa;
- Salário mínimo (16.fev) – aumento para R$ 1.320;
- Imposto de Renda (16.fev) – aumento da faixa de isenção para até R$ 2.640 mensais;
- Bolsas de pesquisa (16.fev) – aumento dos valores das bolsas de pós-graduação, iniciação científica e bolsa permanência;
- Novo Bolsa Família (2.mar) – retomada do nome do programa e nova formatação.
Não foram computadas medidas emergenciais como as voltadas ao litoral norte de São Paulo, destruído depois de chuvas históricas. Reforços em serviços públicos também não entraram na conta.
O presidente tem ao menos mais 3 anúncios engatilhados que podem ser feitos na semana que se inicia: aumento no repasse federal para merenda escolar, retomada do Programa de Aquisição de Alimentos e o Desenrola, programa voltado a renegociação de dívidas.
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