política

Governo do Estado dá início ao Seminário de Planejamento Estratégico 2021-2022

19 jul 2021 - 18:52

Redação Em Dia ES

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O governador Renato Casagrande falou sobre a influência do Planejamento na vida do cidadão

O Seminário de Planejamento Estratégico do Governo do
Espírito Santo foi aberto nesta segunda-feira (19), com a participação
do governador do Estado, Renato Casagrande; da vice-governadora
Jacqueline Moraes; secretários, subsecretários e dirigentes de órgãos do
Estado. Durante quatro dias a equipe do Governo participará de reuniões
para validação de indicadores, metas e dos projetos da carteira
estratégica da Administração Estadual para o período 2021-2022.

O
governador Renato Casagrande falou sobre a influência do Planejamento
na vida do cidadão. “Sempre desejamos melhorar a vida das pessoas. Para
isso acontecer, temos que enfrentar o momento que estamos vivendo e nos
indignar com aquilo que ainda não fizemos. Não podemos aceitar que uma
pessoa não tenha um serviço digno do Governo. O que importa é chegar ao
fim dos quatro anos de gestão conseguindo melhorar a vida das pessoas.”

Casagrande
lembrou ainda que desde o início da gestão, o objetivo é fazer com que o
Estado seja mais competitivo, justo, inovador, sustentável e
desenvolvido regionalmente.

“Um Estado respeitoso com as
instituições, que dialoga e que seja responsável com os recursos
públicos. Somos um Estado pequeno, mas que está se inserindo nacional e
internacionalmente e deve gerar oportunidades aos capixabas. Em quatro
anos temos que atingir os nossos grandes objetivos. Chegamos há quase um
ano e meio de pandemia e nossa equipe produziu bastante. Para todos
vocês, nossa palavra é de gratidão. Conseguimos manter produção, atitude
e muito trabalho. Vamos pensar com clareza naquilo que podemos fazer e
priorizar as ações que podemos entregar e também pensar em ações a longo
prazo”, disse o governador.

A revisão do Planejamento
Estratégico visa a ampliar as entregas para a sociedade capixaba, com
foco no desenvolvimento socioeconômico e regional equilibrado do Estado.
O seminário é realizado de forma virtual, em respeito às normas
estabelecidas para o controle da pandemia do novo Coronavírus
(Covid-19). “O trabalho envolve a revisão dos projetos e programas já em
curso nas Secretarias e Órgãos, além da possível inclusão de novas
ações que atendam aos interesses da sociedade, dentro da capacidade
orçamentária do Governo do Estado”, explicou o secretário de Estado de
Economia e Planejamento, Álvaro Duboc.

A vice-governadora do
Estado, Jacqueline Moraes, por sua vez, ressaltou critérios do atual
Governo capixaba, que, afirmou, é democrático e que, realmente, procura
ouvir as dores da população, e que vem fazendo entregas importantes. “A
justiça social consiste no compromisso do Estado em buscar mecanismos
para compensar as desigualdades sociais. E é o que a gente tem buscado.
Pois, não adianta ter recursos públicos somente, se eles não podem virar
política pública de verdade e mudar a vida das pessoas”, pontuou.

Balanço positivo

Álvaro
Duboc fez um balanço positivo da Administração Estadual, que
trabalhando com o Programa de Gestão para Resultados Realiza+,
contabiliza 1.811 entregas, com previsão de um total de R$ 12,5 bilhões
em investimentos ao longo de toda a gestão. Ainda segundo o secretário,
com ações planejadas e contas organizadas, o Governo do Espírito Santo
vem enfrentando com competência desafios, especialmente os impostos pela
pandemia da Covid-19.

“Desde o início da gestão, estamos
avançando, realizando investimentos estratégicos que beneficiam a nossa
população e fazendo o Espírito Santo destacar-se nacionalmente. Este é o
momento de revisarmos nosso planejamento para focarmos ainda mais nas
realizações, intensificando o monitoramento para chegarmos a 2022
concluindo o que nos propusemos a realizar”, comentou Duboc.

O
secretário de Economia e Planejamento citou ainda alguns indicadores que
mostram a gestão estadual seguindo no rumo certo. Em relação às ações
ligadas à pandemia, o Governo ampliou e reformou hospitais de sua rede
própria e contratualizou leitos em unidades filantrópicas e privadas,
fazendo com que nenhum cidadão ficasse sem atendimento por falta de
leito disponível, mesmo no auge da pandemia. O Estado é o terceiro no
ranking da imunização contra a Covid, já tendo 60% de sua população
adulta vacinada com a primeira dose.

Ainda na área da Saúde, o
Espírito Santo tem a menor taxa (7,8%), de mortalidade infantil e a
segunda maior expectativa de vida ao nascer (79,1 anos), segundo dados
do Painel de Indicadores Multissetorial do Governo do Estado. Na
Educação, é também do Espírito Santo o maior Ideb do Ensino Médio, total
(de todas as redes), com taxa de 4,8, e da Rede Estadual (4,6).

Na
Segurança Pública, com o Programa Estado Presente em Defesa da Vida, o
Espírito Santo registrou, em 2019, o menor número de homicídios numa
série histórica de 30 anos no Estado, com 24 mortes por 100 mil
habitantes. Nessa área, o Governo desenvolve um trabalho com visão
transversal, estruturado em dois eixos: controle da criminalidade e
prevenção da violência.

Com nota A em sua capacidade de
pagamento, desde 2012, o Governo pode captar recursos de financiamento e
ampliar sua capacidade de investimento, realizando projetos, por
exemplo, como o Programa de Gestão Integrada das Águas e da Paisagem,
maior investimento da história do Estado na área ambiental, com projetos
de saneamento e proteção ao meio ambiente.

Alinhamento

Com
coordenação da equipe da Subsecretaria de Planejamento e Projetos da
SEP, entre os trabalhos a serem realizados durante o seminário iniciado
nesta segunda-feira, a alta gestão revisará e validará as entregas
prioritárias com o alinhamento das áreas estratégicas.

“Vamos nos
debruçar sobre projetos, indicadores e metas, de acordo com a realidade
econômica, política e social que o Estado e o país atravessam. Novos
projetos também podem ser inseridos, mas desde que tenham algum
andamento, possibilidade de serem entregues”, informou a subsecretária
de Estado de Planejamento e Projetos, Joseane Zoghbi, ao ressaltar que o
foco é em resultados diretos para a sociedade, que efetivamente
impactem positivamente a população.

Nesta terça-feira (20), das
9h às 11h30, será realizada reunião para a validação de indicadores e
metas do Governo. Já na quarta-feira (21) e na quinta-feira (22),
divididos por suas respectivas áreas estratégicas, os gestores farão a
validação dos projetos da carteira estratégica. O resultado das entregas
será apresentado no dia 27 deste mês.

Durante o evento desta
segunda-feira, o secretário também citou algumas das principais entregas
já realizadas e previstas, nas nove áreas estratégicas do Governo, que
são: Segurança em Defesa da Vida, Educação para o Futuro, Saúde
Integral, Gestão Pública Inovadora, Desenvolvimento Social e Direitos
Humanos, Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente,
Infraestrutura para Crescer, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.

Palestras

Na
abertura do Seminário de Planejamento Estratégico 2021-2022, os
gestores também assistiram a palestras do diretor-presidente do
Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Daniel Cerqueira, que fez uma
análise de conjuntura econômica, social e política, e do economista
carioca Eduardo Moreira, que abordou o tema “Crescer, proteger e
distribuir”.

Cerqueira falou sobre oportunidades e riscos para a
economia nacional, com base numa análise do cenário econômico mundial, e
abordou expectativas para o desempenho capixaba futuro, no que tange
aos aspectos econômicos e sociais, incluindo uma perspectiva de longo
prazo associada à mudança do regime demográfico. Apontou ainda desafios e
oportunidades “no caminho de uma sociedade mais moderna, inovadora e
com justiça social”.

O avanço da pobreza e da extrema pobreza, em
decorrência da pandemia, e o processo de transição demográfica pelo
qual passam o Brasil e o Espírito Santo – “com a população caminhando a
passos largos para o envelhecimento” – são alguns dos desafios apontados
pelo presidente do IJSN, que falou também sobre a importância do
planejamento e da intersetorialidade na gestão do Estado.

Em sua
palestra, o engenheiro e economista Eduardo Moreira, que antes de viver e
aprender com quilombolas, indígenas, sem-terra, se tornar palestrante e
ser autor de 10 livros, trabalhou por 20 anos no mercado financeiro,
destacou o quanto o mundo tem ficado cada vez mais desigual e falou
sobre a forma pela qual, mesmo no sistema capitalista vigente, o Estado
pode contribuir para favorecer o crescimento econômico e proteger quem
mais necessita.

“O Estado tem que ser justo, vendo seu gasto como
condição de alocação de riqueza, beneficiando a população. Se a gente
pode construir uma estrada contratando as pessoas da comunidade por onde
essa estrada vai passar, o dinheiro vai ficar ali, fortalecendo o
comércio local. É a construção de uma dinâmica econômica que se
autoalimenta, gerando um celeiro de produção de riquezas”, argumentou
Moreira.

Para ele, o ambiente ideal de competição não é aquele
sem o Estado, e sim, aquele em que o Estado garante que os pequenos
tenham condições de acesso a máquinas, insumos, adquirindo, assim,
condição para competir com médios e grandes.

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Atualizado: 19/07/2021 18:52

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