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Erika Hilton nega uso de verba pública para cirurgia e irregularidade em assessoria

26 jun 2025 - 15:35

Redação Em Dia ES

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Parlamentar rebateu acusações e aponta motivação política. Segundo ela, os ataques são uma "tentativa de desmoralização" pré-eleitoral
Erika Hilton nega uso de verba pública para cirurgia e irregularidade em assessoria. Foto: Reprodução

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) veio a público para se defender de uma série de acusações, que incluem o uso indevido de verba parlamentar para procedimentos estéticos e irregularidades na nomeação de assessores. Em pronunciamentos e por meio de suas redes sociais, Hilton negou as alegações, as atribuiu a uma campanha de perseguição política e afirmou que não será intimidada.

As controvérsias ganharam força após deputados da oposição, como Zucco (PL-RS) e Paulo Bilynskyj (PL-SP), formalizarem denúncias na Procuradoria-Geral da República e no Tribunal de Contas da União.

Contratação de assessores
Uma das principais acusações contra a deputada é a de improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar pela contratação de dois maquiadores como assessores. Em sua defesa, Erika Hilton esclareceu que os dois funcionários mencionados, Ronaldo Hass e Índy Montiel, desempenham funções técnicas em seu gabinete e não foram contratados como maquiadores.

Segundo a parlamentar, Ronaldo é formado em arquitetura e urbanismo e atua em pautas relacionadas a questões urbanas. Já Índy, segundo ela, trabalha na interlocução com movimentos sociais. Hilton afirmou que, por serem seus amigos, eles a auxiliam com maquiagem fora do expediente, mas que essa não é a função para a qual foram contratados.

Despesas médicas e cirurgias
Outra acusação aponta que a deputada teria usado dinheiro público para realizar cirurgias plásticas. Erika Hilton negou a alegação, explicando que se submeteu a uma cirurgia de sinusite, procedimento que foi reembolsado pela Câmara, e a uma rinoplastia. Ela afirma, no entanto, que a rinoplastia foi custeada com recursos próprios.

A deputada informou possuir prontuários médicos e notas fiscais que comprovam suas declarações e mencionou um histórico de internações devido a uma sinusite crônica que, segundo ela, afetava seu desempenho profissional. Hilton declarou estar à disposição para abrir suas contas bancárias para comprovar a origem dos pagamentos.

Viagem à Europa
Questionada sobre uma viagem a Portugal e França, a parlamentar explicou que a visita foi institucional, realizada a convite do Parlamento Europeu e com autorização do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Após os compromissos oficiais, que incluíram sua participação na Parada LGBT de Lisboa, ela utilizou dias de folga para assistir a um show da cantora Beyoncé, em Paris, afirmando que realizou “um sonho pessoal” com seu próprio dinheiro.

Sua ausência na Parada LGBTQIA+ de São Paulo também foi justificada pelos compromissos profissionais na Europa, afirmando que não haveria tempo para retornar ao Brasil a tempo do evento.

“Onda orquestrada”
Erika Hilton atribuiu a sequência de acusações a uma motivação política, descrevendo os ataques como “uma onda orquestrada de tentativa de desmoralização” de sua imagem no período pré-eleitoral. Para ela, as denúncias visam atingir não apenas a ela, mas também a esquerda e o governo Lula.

A deputada declarou que não se sentirá intimidada e que os ataques são um sinal de que seu trabalho está gerando incômodo. “Incomoda”, afirmou, concluindo que isso indica que está “no caminho certo”.

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Atualizado: 26/06/2025 19:27

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