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Conheça os novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre

03 fev 2025 - 08:17

Redação Em Dia ES

Com R7 notícias

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Parlamentares foram eleitos para o posto no sábado (1°) com votações expressivas em ambas as casas
Conheça o perfil dos novos presidentes. Foto - Hugo Motta: Marina Ramos/Câmara dos Deputados - Davi Alcolumbre: Geraldo Magela/Agência Senado

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal conheceram seus novos presidentes para o biênio 2025-2027 em um sábado atípico na capital federal. Aos 35 anos, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) se tornou o mais jovem presidente da Câmara desde a redemocratização. Ele conseguiu 444 votos, mas mesmo com a votação expressiva, Motta não barrou os 464 votos conquistados por Arthur Lira (PP-AL), em 2023.

Davi Alcolumbre (União-AP), por sua vez, volta ao comando do Senado após quatro anos. Com 73 votos, o senador conseguiu o maior apoio da Casa desde 2003, quando José Sarney (MDB-AP) contou com 76 senadores, número similar ao de Mauro Benevides (MDB-CE), em 1971.

Conheça o perfil dos novos presidentes do Congresso:

O mais jovem presidente da Câmara
Hugo Motta nasceu em João Pessoa, capital da Paraíba, e entrou na política cedo. Aos 15 anos se filiou ao PMDB, atual MDB, e com apenas 21 foi eleito deputado federal, se tornando o mais jovem a conquistar o posto. Ele está no quarto mandato consecutivo na Casa, mas nunca tinha ocupado um cargo na Mesa Diretora.

No discurso de posse, Motta enalteceu a democracia e o equilíbrio entre os Três Poderes da República. Em certo momento, ele levantou a Constituição com as duas mãos, repetindo o gesto do presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães. Ele também fez referência ao constituinte em sua fala ao dizer que tem “ódio e nojo à ditadura”. No encerramento do discurso, o parlamentar aproveitou para fazer mais uma referência, dessa vez ao filme “Ainda estou aqui”, concorrente brasileiro ao Oscar que fala sobre a ditadura militar.

“O Brasil não pode errar e não podemos deixar que ninguém erre contra o Brasil. Temos de estar sempre do lado do Brasil. Em harmonia com os demais poderes, encerro com uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui!”, afirmou.

Na Câmara, ele presidiu a Comissão de Fiscalização e Controle e comandou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, que investigou supostas irregularidades na construção de refinarias no Brasil. Atualmente é líder do Republicanos na Câmara, além de vice-presidente nacional e estadual do partido.

Para a eleição na Câmara, Motta conseguiu juntar o apoio de diferentes alas da Casa. Somente duas siglas não aderiram à sua campanha: PSOL e Novo.

O retorno de Davi Alcolumbre
O Senado terá de volta na presidência um conhecido. Davi Alcolumbre foi eleito com 73 votos para voltar ao posto após tê-lo deixado. A votação expressiva contrasta com a primeira candidatura, uma das eleições mais tumultuadas na Casa. Na ocasião, ele conseguiu 42 votos.

Apesar de está apenas no seu segundo mandato no Senado, Davi Alcolumbre é um político experiente, ainda que seja um dos mais jovens da Casa, aos 47 anos. Ele entrou na política em 2001, quando foi eleito vereador de Macapá. Dois anos depois foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados. No Senado, chegou aos 37 anos, se tornando o mais novo do país no posto.

O novo presidente do Senado chegou a assumir a Presidência da República de forma interina em outubro de 2019. Na época, o então presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, estavam fora do país, assim como o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Neste sábado, após vencer a disputa pela presidência, Alcolumbre negou protagonismo e disse que gestão será marcada pelo diálogo. Segundo ele, todos os senadores terão espaço, independente de ideologias.

“Quero reafirmar que nesta presidência seremos uma Casa de iguais, onde cada senadora e cada senador terá voz e espaço, independentemente da sua ideologia ou orientação política”, destacou.

Ele também afirmou que o Congresso não vai se omitir diante do que for importante para a sociedade.

“É importante que seja dito: este Senado Federal, este Congresso Nacional, não vai se omitir nem vacilar para tomar as decisões que melhorem a vida das pessoas. Antes de cada enfrentamento, cada votação sensível, uma pergunta deverá ecoar em nossas mentes: “Esse projeto ajuda ou atrapalha o povo? A vida do cidadão que represento será impactada positivamente por essa nova lei?”, disse.

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Atualizado: 03/02/2025 08:33

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