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Certificado de vacinação de Bolsonaro foi emitido por computador do Planalto, aponta investigação

03 maio 2023 - 17:14

Redação Em Dia ES

Estadão Conteúdo

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O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado
Certificado de vacinação de Bolsonaro foi emitido por computador do Planalto, aponta investigação. Foto: EVARISTO SA / AFP

O certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS por um computador cadastrado no Palácio do Planalto.

O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado.

A Polícia Federal (PF) identificou que o computador usado para acessar o aplicativo em duas ocasiões, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pertence à Presidência da República e está cadastrado no Palácio do Planalto.

Certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS. Foto: Reprodução/Fornecido por Estadão

Um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (PF) afirma que o certificado é ‘ideologicamente falso’ e que, pelas provas reunidas até o momento, Bolsonaro teria ‘plena ciência’ da inserção fraudulenta dos dados de vacinação.

A investigação aponta ainda que um terceiro acesso ao aplicativo foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente nesta quarta-feira, 3, na Operação Venire.

A PF acredita que era Mauro Cid quem administrava a conta do ex-presidente no ConecteSUS. Isso porque o e-mail funcional do ex-assessor estava vinculado ao perfil.

Após gerar o primeiro certificado de vacinação, o endereço de e-mail foi trocado. Passou a constar um e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

Em representação enviada ao Supremo, PF afirma que certificado de vacinação de Bolsonaro emitido pelo ConecteSUS é ‘ideologicamente falso. Foto: Reprodução/Fornecido por Estadão

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

Autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais fizeram buscas na casa de Bolsonaro na manhã de hoje e apreenderam o celular do ex-presidente. O aparelho vai passar por perícia nos próximos dias.

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Atualizado: 03/05/2023 17:43

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