O presidente está agora internado em terapia semi-intensiva no Hospital Albert Einstein
Após apresentar febre e acúmulo de líquido na região intestinal, o presidente Jair Bolsonaro não vai ter alta do hospital onde está internado antes dos próximos sete dias, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, em entrevista coletiva. Inicialmente, a previsão do Palácio do Planalto é que Bolsonaro pudesse voltar a Brasília nesta quarta-feira (6). O presidente está agora internado em terapia semi-intensiva no Hospital Albert Einstein e precisará receber antibióticos ao longo da semana para evitar um quadro de infecção.
O porta-voz não descartou a realização de uma nova cirurgia, mas disse que isso não está sendo considerado no momento. Também afirmou que a necessidade de um novo afastamento do cargo não é estudada, o que dependerá de orientação médica.
“Obviamente que quarta-feira não será mais o dia de alta do nosso presidente”, declarou o porta-voz. “Se a partir de hoje já contarmos um prazo, esse prazo não será antes desses sete dias, que é exatamente o tempo de ação do antibiótico para debelar eventual infecção que possa ser gerada.”
O Planalto minimizou a surpresa com a mudança no quadro de saúde do presidente. “Essas intercorrências com altas e baixas são normais para uma pessoa que teve em menos de quatro meses três cirurgias, das quais duas em caráter emergencial”, declarou Rêgo Barros. “Está dentro do que é esperado pelo quadro clínico do Hospital Albert Einsten.”
No momento, segundo o boletim médico, o presidente está sem dor e sem febre. Ele permanece em jejum oral, com sonda nasogástrica e nutrição parenteral (endovenosa) exclusiva.
Uma evolução nos movimentos intestinais foi citada no boletim médico, que informou dois episódios de evacuação do presidente.
Bolsonaro segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular no quarto. Por ordem médica, as visitas permanecem restritas. Ele está acompanhando da esposa Michelle e do filho Carlos Bolsonaro.
O presidente continua em descanso e tem sido evitado despachos, de acordo com Barros. Nos próximos dias, não estão agendados compromissos oficiais.