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Apoio de aliados, ironia de desafetos: políticos se manifestam sobre desistência de Doria

23 maio 2022 - 17:31

Redação Em Dia ES

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Ex-governador de São Paulo anunciou decisão nesta segunda e despertou solidariedade e também críticas de políticos
Apoiadores e opositores se manifestaram na tarde desta segunda-feira (23) sobre a desistência de João Doria da candidatura à Presidência da República. O anúncio foi feito quase dois meses após o tucano renunciar ao governo de São Paulo para ser o pré-candidato do PSDB ao Planalto.

Um dos mais incisivos na defesa de Doria após a desistência, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) disse em seu perfil oficial no Twitter que o ex-governador foi traído.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) elogiou o governo de Doria em uma nota e lembrou que a senadora Simone Tebet (MDB) pode ser a candidata indicada pela terceira via.

“O ex-governador João Doria realizou um extraordinário governo em São Paulo, confirmando seu perfil de gestor qualificado. Revela, agora, desprendimento, praticando um gesto grandioso. A senadora Simone Tebet, por sua vez, tem demonstrado que está à altura do desafio que se apresenta a ela.”

O presidente do PSDB na cidade de São Paulo, Fernando Alfredo, elogiou as gestões de Doria à frente da Prefeitura de São Paulo e no Palácio dos Bandeirantes.

“O Brasil perde a chance de ter um grande estadista como presidente, no momento de crise perversa pós-Covid-19 e de extremismo sem precedentes. João Doria foi um ótimo prefeito e um excelente governador e assim seria como presidente da República. Atitude de um gigante como poucos. O Brasil ainda saberá reconhecer seus esforços”, disse o tucano por meio de nota.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), também defendeu o ex-governador de São Paulo dizendo que Doria é um “grande brasileiro” ao falar do trabalho do colega à frente da vacinação contra a Covid-19.

“Não bastasse o excepcional governo em São Paulo, devemos a ele – graças a sua obstinação e capacidade de trabalho – milhares de vidas salvas pela sua incessante luta pela vacina da Covid. Tem meu respeito”, afirmou Paes.

O presidente nacional do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire, publicou em seu perfil oficial no Twitter que a desistência de Doria possibilita a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB).

Freire foi um dos representantes dos três partidos que assinaram uma carta conjunta na quinta-feira (19) com o objetivo de demonstrar que o ex-governador de São Paulo sempre participou dos debates a respeito da candidatura de uma terceira via e na tentativa de esfriar o discurso de Doria, então ainda pré-candidato. 

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) também usou a rede social para elogiar o trabalho de Doria à frente de São Paulo. “Lembro em particular do nosso trabalho conjunto, Ministério da Justiça e Governo de São Paulo, para isolar as lideranças do PCC em presídios federais. Doria tem méritos na vida pública”, declarou.

Em uma postagem no Twitter na tarde desta segunda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a decisão de Doria e disse, em tom de brincadeira, que estava desistindo da disputa do cinturão dos pesos médios do UFC, referindo-se ao Ultimate Fight Championship, o principal torneio de artes marciais mistas do mundo.

O senador Flavio Bolsonaro (PL) chamou Doria de autoritário em uma publicação em seu perfil no Twitter em que comenta a desistência do tucano ao Planalto.

Ivan Valente, deputado federal em São Paulo pelo Psol, também aproveitou para alfinetar o ex-governador de São Paulo em seu perfil na mesma rede.

O pré-candidato à Presidência pelo Novo, Felipe d’Ávila, também comentou a desistência de Doria em seu perfil na rede social. “A desistência de Doria à presidência prova o que digo: o Novo é a única via que realmente debate propostas para o Brasil voltar a crescer, e não prioriza vaidades e interesses pessoais dos caciques políticos.”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também usou de piadas para criticar o anúncio de Doria em seu perfil no Twitter.

“Calcinha não desistiu, desistiram ele. Sempre soubemos, mas eu torcia para que ele fosse candidato. Não que 1% fosse fazer diferença, mas politicamente afundaria o PSDB e seria no mínimo divertido vê-lo pela 1ª sendo perguntado sobre questões que sua imprensa amiga jamais levanta”, disse o filho do presidente.

Com CNN Brasil
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Atualizado: 23/05/2022 17:31

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