Desse total, 35 já estão curados e os demais seguem fazendo acompanhamento médico. Oito servidores também estão afastados por causa da doença
Quarenta e cinco detentos do sistema prisional do Espírito Santo testaram positivo para o novo coronavírus. Desse total, 35 já estão curados da doença e os demais seguem sendo acompanhados por médicos.
O vírus também afeta aos servidores do sistema prisional. No momento, oito deles estão afastados em função do diagnóstico positivo. Para o sindicato dos penitenciários, a situação já esteve pior, mas ainda requer atenção.
“O que a gente vem solicitando ao estado é a realização do exame preventivo nos 3,5 mil inspetores penitenciários porque sabemos que existem casos assintomáticos. Nossa preocupação é que eles estejam contaminados, mas não estejam apresentando sintomas”, afirmou Rhuan Fernandes, presidente Sindicato dos Inspetores Penitenciários (Sindaspes).
De acordo com Rhuan, o Governo do Estado começou a disponibilizar uma viseira de proteção. No entanto, o equipamento de proteção individual vem sendo dividido pelos inspetores, já que não há quantidade suficiente para todos.
“Essa semana, se necessário for, nós ingressaremos com uma ação para aumentar o grau de proteção dos nossos colegas de farda e dos apenados que se encontram no sistema penal capixaba”, garantiu o presidente.
Em nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), afirmou que em todo o estado as visitas e atividades religiosas foram suspensas pra evitar a contaminação dentro dos presídios. Já os detentos do sistema semi-aberto não estão saindo pra trabalhar.
Para evitar a contaminação entre os funcionários, a pasta reforçou os cuidados com higienização e distribuiu máscaras.
Outra preocupação é com as unidades de internação do Iases, que atendem adolescentes em conflito com a lei. Embora nenhum dos adolescentes tenham sido afetados, 23 servidores que trabalham nesses locais foram diagnosticados com o coronavírus, sendo que 11 já estão curados.
Para conter a disseminação do coronavírus, começou a haver reforço na higienização na entrada das unidades, além da medição da temperatura. Adolescentes internados estão, inclusive, fazendo máscaras.
Fábio Modesto de Amorim Filho, diretor de ações estratégicas do Iases, afirma que as ações de controle vêm sendo implantadas pela instituição desde março.
“São ações como a suspensão das visitas, mas com realização de videochamadas com os adolescentes; a proibição da entrada nas unidades de qualquer pessoa com sintomas de síndrome gripal, a instalação de barreiras sanitárias nas portarias; atividades de conscientização dos adolescentes; utilização obrigatória de máscaras por parte de servidores e visitantes e o estabelecimento de locais de isolamento para adolescentes com sintomas gripais”, elencou.