A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação, chamada “Périplo”, para desarticular uma quadrilha que desviou verba de uma prefeitura do Espírito Santo, após invadir sistemas. Dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Colatina, foram cumpridos em Brasília (DF).
De acordo com a PF, após invadir dispositivos eletrônicos, a quadrilha fez transferências e saques fraudulentos de valores oriundos de contas bancárias de titularidade da prefeitura. Além disso, se valeu de uma série de contas bancárias em nome de “laranjas” para efetivar movimentações financeiras ilícitas provenientes dos valores desviados e dissipação do dinheiro furtado.
A investigação teve início com a prisão em flagrante, no Estado de Minas Gerais, de um homem que estava com inúmeros cartões de terceiros, contendo anotação de senhas e outros objetos usados para a prática das fraudes e saque dos valores desviados.
Os investigados responderão pelos crimes de invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a mais 30 anos de reclusão.
O nome da Operação, “Périplo” aduz ao conceito da palavra, “atinente a viagem com várias paragens ou etapas, semelhante ao caminho da fraude investigada”, diz a PF.
Dores do Rio Preto
Em outubro de 2023, hackers atacaram o sistema da Prefeitura de Dores do Rio Preto, no sul do Espírito Santo, e pediram R$ 1 milhão para liberar. Devido a isso, o pagamento de servidores atrasou.
No ataque, que aconteceu dia 26 de outubro, os dados da Prefeitura e computadores foram bloqueados. Os servidores que chegaram para trabalhar se deparam com uma mensagem pedindo seis criptomoedas (R$ 1 milhão). O pagamento foi feito e um Boletim de Ocorrência registrado.