Um homem de 58 anos foi preso em flagrante pela Polícia Federal na manhã de quarta-feira (29), na Praia da Costa, em Vila Velha, Espírito Santo, suspeito de atuar como distribuidor de substâncias anabolizantes contrabandeadas. Segundo a PF, ele realizava as transações por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens e em academias de musculação, sem exigência de receita e sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Essa foi a terceira vez que o suspeito foi detido pelo mesmo crime. Ele já havia sido preso em 2008, na Operação TNT, e em 2024, quando foi flagrado retirando quase 3 kg de produtos anabolizantes em uma agência dos Correios localizada em um shopping de Vila Velha. Apesar de ter pago fiança na última prisão e recebido liberdade provisória, as investigações apontaram que o suspeito continuou a comercializar os medicamentos controlados ilegalmente.
A prisão desta quarta-feira ocorreu durante a fase ostensiva da Operação Anabolic. Os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Criminal de Vila Velha. Durante a ação, foram apreendidos 3 mil produtos contendo substâncias anabolizantes, avaliados em mais de R$ 100 mil. Os materiais estavam etiquetados em idiomas estrangeiros, de diferentes laboratórios, e sem o selo da Anvisa, o que indica a irregularidade da comercialização.
Os anabolizantes foram encontrados em diversos locais do apartamento do suspeito, como a geladeira, o quarto e a despensa, além de seu veículo na garagem do edifício. Os produtos apreendidos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal, em São Torquato, onde passarão por perícia.
Além dos anabolizantes, os agentes apreenderam R$ 14.600 em espécie, embalagens, sacos plásticos e plásticos-bolha, indícios de que o suspeito utilizava serviços de transporte, como os Correios, para distribuir os produtos.
O homem responderá pelo crime de comercialização de medicamentos sem autorização do órgão de vigilância sanitária competente, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão. A Polícia Federal destacou que a venda irregular de medicamentos compromete a saúde pública e reiterou que investigações continuam em andamento para identificar outros envolvidos no comércio clandestino de anabolizantes.