Continuam presos os cinco empresários detidos na Operação Frisson, pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP/ES) através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Os presos passaram por audiência de custódia e irão permanecer presos preventivamente.
Os empresários Sérgio Zanolli, Diego Meriguetti, J S V, Marciano Cruz de Sá e Demer Freitas Ferreira são acusados de compor um esquema de lavagem de dinheiro por meio de “jogo do bicho”. A prisão dos acusados foi pedida pelo MPES, que também solicitou a restrição de diversos bens do grupo.
Quase dois anos de investigações
A investigação começou em setembro de 2021 e teve apoio da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal. Em 2022, foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados.
O MP/ES conseguir identificar com detalhes a organização criminosa constituída para a ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração do “jogo do bicho”.
A investigação aponta que pessoas jurídicas foram constituídas pelos denunciados para garantir a ocultação dos bens, com reinserção financeira dos valores em nome próprio ou de terceiros laranjas.
Ao portal Folha Vitória, o advogado criminal Anderson Burke, que defende os empresários Marciano e Demer, disse que a decisão foi uma surpresa, tendo em vista que há mais de 1 (um) ano seus clientes colaboraram integralmente com a investigação para a elucidação dos fatos, bem como demonstraram rigoroso respeito às ordens judicias de natureza cautelar que foram tomadas pelo juízo competente.
“Como ainda não nos foi concedido acesso à decisão que decretou a prisão em virtude do cumprimento de diligências, não temos condições de analisá-la de forma mais acurada, mas após a sua análise iremos tomar as medidas necessárias”, argumentou.
A advogada Manoeli Braun Viola, responsável pela defesa de Diego no processo afirmou que o empresário é, na verdade, funcionário do “espólio” herdado por Jeferson Santos Valadares, também preso durante a operação deflagrada nesta terça, e que ele não é proprietário de nenhum dos bens alvo de mandado da Justiça.
Por fim, a advogada disse que ainda não teve acesso à decisão e que aguarda mais detalhes os desdobramentos do processo. A defesa dos demais presos não se manifestou.
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