Uma adolescente de 13 anos foi apreendida no último sábado (7) em Linhares, no Norte do Espírito Santo, por torturar o sobrinho de 5 anos. De acordo com a Polícia Civil, as investigações realizadas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) apontaram que a jovem publicou vídeos dos atos de violência em grupos de redes sociais. Inicialmente, ela negou o crime, mas acabou admitindo e foi flagrada fazendo novas postagens após ser interrogada.
A Polícia Civil informou que tomou conhecimento do caso no dia 3 de dezembro e enviou equipes ao endereço da família para apurar a denúncia. No local, o pai da adolescente afirmou desconhecer as acusações. Posteriormente, a adolescente foi localizada pelos agentes. Durante o primeiro depoimento, ela negou qualquer envolvimento, mas depois confessou o crime, alegando estar sendo ameaçada, conforme explicou o delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia Regional de Linhares.
“Todos que estavam na residência foram levados à Delegacia para prestar depoimentos. Ouvimos a adolescente e seus genitores e, naquele momento, acreditamos que a situação havia sido contida. No entanto, mesmo após o celular dela ser apreendido, ela voltou a fazer publicações em outra ferramenta. Isso ocorreu logo após sair da Delegacia”, destacou o delegado.
Na quarta-feira (4), o Ministério da Justiça recuperou os vídeos já publicados e alertou a Polícia Civil de que a adolescente continuava postando conteúdos similares, utilizando outro aparelho. Segundo Lucindo, a reincidência acendeu um alerta sobre o risco que a criança poderia estar correndo. “Representamos pela internação da adolescente, e a Justiça aceitou o pedido na sexta-feira (6)”, afirmou o delegado.
A jovem foi apreendida e transferida para a Unidade Feminina de Internação (UFI), em Cariacica, na Grande Vitória. O novo aparelho utilizado nas postagens também foi apreendido e será submetido a perícia. A adolescente foi autuada em flagrante por ato infracional análogo ao crime de tortura.
A criança passou por exames de lesões corporais e os pais dele também foram ouvidos, conforme a Polícia Civil. É aguardado o resultado dos exames realizados pela Polícia Científica para o caso ser finalizado.