O Verdão entrou com pedido de impugnação da partida depois de suspeitar que um gol de mão de Barcos foi anulado pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento com a ajuda de recurso eletrônico – algo proibido pela Fifa. O tribunal solicitou à CBF que o jogo fique “suspenso” até que o julgamento, que ainda não tem data definida, seja realizado. A previsão de Flavio Zveiter é que uma sessão extraordinária do STJD analise o caso no dia 14 de novembro.
Inter e Palmeiras já foram notificados da decisão e podem se manifestar nos próximos dias. O quarteto de arbitragem também foi convocado pelo Tribunal para prestar esclarecimentos. O procedimento é normal e ocorre sempre que um time pede a anulação da partida. Os pontos não são computados enquanto o pedido não é julgado. As duas partes acataram a decisão do STJD.
Com isso, o Colorado passa a ter apenas 48 pontos na tabela, e não 51, número que atingiu depois da vitória do último sábado. A CBF ainda vai divulgar a tabela com a nova pontuação. O autor do despacho foi Flávio Zveiter, filho de Luiz Zveiter, ex-comandante do STJD.
– O Palmeiras protocolou ontem (segunda-feira) no fim do dia um pedido de impugnação da partida entre Palmeiras e Internacional, e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê que, recebido o pedido de impugnação, eu tenho de comunicar formalmente ao presidente da CBF para que não homologue o resultado do jogo até que o pedido seja julgado pelo STJD – explicou Zveiter, ao programa SporTV News, na noite desta terça-feira.
Pelo lado alviverde, o diretor jurídico Piraci Oliveira informou que o Palmeiras vai continuar lutando por aquilo que acha correto: a anulação da partida por causa de um suposto erro de direito da arbitragem. O pedido de impugnação do jogo foi enviado à CBF na noite de segunda-feira.
– O Palmeiras foi informado que os pontos não serão contabilizados até o julgamento. É um procedimento normal e de extremo bom senso. Vamos aguardar, e esperamos que a partida seja anulada – disse Piraci.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, Daniel Cravo de Souza, advogado do Inter, explicou qual será a postura do clube gaúcho:
– Ainda não são definitivos os pontos do Inter conquistados no sábado. É o que a lei determina. Ela não deixa de homologar os resultados. Nós precisamos apresentar nossa manifestação, nossa defesa, até quinta-feira.
A bronca do Palmeiras é de que Francisco Carlos Nascimento teria sido avisado pelo quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima, depois que este ouviu do delegado da partida, Gerson Baluta, que o gol foi com a mão – o que fere a regra do esporte, já que Baluta não faz parte da arbitragem. A defesa do Inter refuta essa acusação.
– A decisão do árbitro partiu de uma informação citada do quarto árbitro, o Jean Pierre. O Palmeiras diz que alguém viu na TV e avisou o delegado, que chegou ao quarto árbitro, para ocorrer o convencimento. O Inter é parte porque estão querendo tomar os pontos do Inter. Hoje parece que o árbitro e o Jean Pierre são criminosos. Quem agiu de forma torpe e indigna foi o atleta do Palmeiras (Barcos). Ele comemorou e reclamou do árbitro. O Henrique deu um tapa na cara do D’Alessandro e ninguém falou nada. O Palmeiras montou uma coletiva na segunda para o Barcos, que assumiu que colocou a mão na bola. Ele não vai ser denunciado? O Inter pediu para serem averiguadas as atitudes do Barcos – disse o advogado colorado.
Fonte: Globoesporte.globo.com