O Espírito Santo registrou 100% de áreas com seca entre novembro e dezembro de 2023, mostram dados do Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME).
Em Minas Gerais houve um aumento da área com seca de 53% para 82% nesse período. No Rio de Janeiro também ocorreu uma elevação da área com o fenômeno de 24% para 42% do território fluminense entre novembro e dezembro. Em São Paulo a seca voltou a ser registrada em 20% do território paulista nesse período. A seguir estão os destaques por estado da região.
Também houve aumento, de 33% para 41%, nas áreas com seca moderada no Espírito Santo. Em Minas Gerais o número subiu de 12% para 33%. O Estado do Rio De Janeiro se manteve somente com seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. Já no Estado de São Paulo a seca fraca voltou a ser registrada em dezembro, o que não ocorria desde setembro de 2023.
Cenário Nacional
Entre novembro e dezembro de 2023, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno no Amazonas e em Sergipe, conforme a última atualização do Monitor de Secas.
Em 15 unidades da Federação a seca ficou mais intensa no período: Espírito Santo, Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Em São Paulo o fenômeno voltou a ser registrado em dezembro. A seca ficou estável, em termos de severidade, em cinco estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
No Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno. O Amapá entrou no Mapa do Monitor com seca fraca em parte de seu território e, assim, o Monitor passa a cobrir 100% do território nacional.
Na comparação entre novembro e dezembro, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte registraram diminuição da área com seca. Por outro lado, em cinco estados houve o aumento da área com o fenômeno: Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
No caso de São Paulo, aconteceu o retorno da seca em dezembro. No Espírito Santo e em outras 13 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
No Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em dezembro, enquanto no Amapá ainda não é possível fazer comparações sobre a variação da área com seca, já que o estado entrou no Mapa do Monitor no próprio mês de dezembro.
Espírito Santo, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins registraram seca em 100% do território em dezembro do ano passado, sendo que, para percentuais acima de 99%, considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 20% a 98%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, em dezembro, a área com o fenômeno foi de 7,35 milhões de km², o equivalente a 86% do território brasileiro.