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A produção de petróleo e gás natural no Espírito Santo deverá crescer em média 11,2% ao ano até 2027, de acordo com projeções divulgadas na 8ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES. O estudo, lançado na última terça-feira (08), é elaborado pelo Observatório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e reúne dados, análises e projeções de investimentos e produtividade no setor.
Segundo o documento, o crescimento projetado será impulsionado por operações em andamento no litoral capixaba, como o Projeto Integrado do Parque das Baleias (IPB), operado pela Petrobras, o campo de Wahoo, sob responsabilidade da Prio, e o campo de Golfinho, gerido pela BW Energy. No ambiente terrestre, a estimativa é de que as recentes descobertas de petróleo nos últimos anos contribuam para o aumento da produção.
“Estimamos que entre 2024 e 2027, tanto a produção total de petróleo, quanto a produção total de gás natural, cresçam no Espírito Santo. Esse aumento decorrerá, principalmente, dos projetos no offshore e das novas descobertas no onshore”, afirmou Marília Silva, gerente executiva do Observatório Findes e economista-chefe da entidade.
De acordo com o levantamento, a produção média de petróleo deve atingir 213,1 mil barris por dia em 2027. Já no caso do gás natural, a projeção é de um crescimento médio anual de 10,4% no mesmo período, alcançando 4,9 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia).
Nathan Diir, gerente de Ambiente de Negócios da Findes, destacou que, para o período total de projeção – entre 2024 e 2030 – o crescimento será mais modesto. “A expectativa é de um crescimento médio anual de 0,4% na produção de petróleo e de 0,3% na produção de gás natural”, explicou. Segundo ele, o ritmo mais lento nos anos finais do ciclo está relacionado ao declínio natural dos campos produtores.
“A partir de 2028, vamos começar a ver o processo de decaimento natural da produtividade dos campos, que resultará em uma queda na produção offshore. No caso da produção onshore, projetamos que a redução ocorra a partir de 2030. Apesar disso, o volume de produção esperado em 2030 ainda será superior ao que foi produzido em 2024”, completou.
O anuário informa que, no ano passado, a produção média de petróleo no Espírito Santo foi de 154,9 mil barris por dia, enquanto a produção de gás natural ficou em 3,6 milhões de metros cúbicos diários. Além das projeções, o documento reúne indicadores do setor, como o número de poços perfurados no Estado, investimentos previstos até 2030, arrecadação de royalties e participações especiais.
Publicado desde 2017, o Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo é uma iniciativa do Observatório Findes e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE). Nesta edição, contou com apoio do Sebrae, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), da Organização Nacional da Indústria do Petróleo e Gás (Onip), da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre outras instituições.
