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Procon ES orienta sobre compras para o Dia das Crianças

07 out 2021 - 08:30

Redação Em Dia ES

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CNC estima faturamento recorde do varejo para o Dia das Crianças. A expectativa se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020
O Dia das Crianças está se aproximando e a data poderá aquecer as vendas no comércio. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em todas as capitais do país. Segundo a pesquisa, 72% dos brasileiros devem comprar brinquedos no Dia das Crianças. Mas, atenção! Para evitar transtornos na hora das compras, o Procon-ES preparou algumas orientações.

A principal dica para quem quer economizar nesse período é fazer um planejamento a respeito do produto desejado e o valor disponível para ser gasto, com isso a compra e a pesquisa de preços em diferentes lojas ficarão mais fáceis para o consumidor.

O diretor-presidente do Procon-ES, Rogerio Athayde, ressaltou que uma das principais dúvidas dos consumidores nesse período está relacionada à troca de produtos. O diretor alerta para que os pais fiquem atentos à possibilidade de troca de presentes oferecida pelas lojas.

“A troca de produtos em perfeito estado é uma liberalidade da loja e não uma obrigação. Entretanto, se a loja aceita trocas não poderá estabelecer restrições quanto aos dias e horários para a realização do procedimento, segundo a Lei Estadual nº 10.689/2017. Sendo assim, informações do tipo ‘não trocamos aos sábados’, são proibidas”, afirmou o presidente.

Athayde também lembrou que se o produto apresentar algum defeito é obrigação do lojista ou do fabricante sanar o problema em até 30 dias. “Leve o produto para a assistência técnica autorizada para reparo e guarde a ordem de serviço”, declarou o diretor-presidente.

Escolha de presentes
– Fique de olho na indicação etária e as questões relacionadas à saúde e segurança. Todo brinquedo comercializado no Brasil, nacional ou importado, precisa ter o selo do Inmetro. A certificação obrigatória é a garantia de que ele foi aprovado em todos os testes.

– Veja se o brinquedo apresenta todas as informações necessárias em linguagem de fácil compreensão, em português. A embalagem e o manual de instruções precisam informar ainda a faixa etária a que se destina o produto, eventuais riscos, número de peças, regras de montagem, modo de usar, se faz parte de uma série ou coleção e clara identificação do fabricante ou do importador.

– Teste o funcionamento dos produtos eletrônicos na loja, sempre que possível.

– Verifique se o produto apresenta algum defeito aparente como ranhuras, manchas etc.

Preços e pagamentos
– Os lojistas devem exibir o preço tanto à vista quanto a prazo e a taxa de juros aplicada a todos os produtos expostos no interior da loja e vitrines.

– Os consumidores devem ser informados, por meio de cartazes, sobre as formas de pagamento aceitas pela loja.

– Os lojistas devem cumprir o preço anunciado nas prateleiras e folhetos publicitários.

– Não pode ser exigido um valor mínimo para a utilização dos cartões de crédito e débito.

– As lojas podem praticar preços diferenciados para pagamento nos cartões de débito e crédito e no dinheiro.

– Quando houver diferença de preços para o mesmo produto, o consumidor pagará o menor entre eles.

– O lojista poderá estabelecer um valor máximo para dividir a compra no cartão de crédito (parcela mínima).

Faturamento recorde
Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada terça-feira (5), estima que a movimentação financeira do varejo para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, deverá alcançar R$ 7,43 bilhões. Caso seja confirmada essa expectativa, será o maior faturamento do comércio varejista nacional para a data, desde 2015, quando atingiu R$ 7,52 bilhões. Essa é a terceira data mais importante do varejo, depois do Natal e do Dia das Mães.

No ano passado, a movimentação financeira para a celebração das crianças totalizou R$ 6,52 bilhões, menor resultado desde 2009, de R$ 6,18 bilhões, mostrando retração de 11,3% em relação a 2019, de R$ 7,35 bilhões. De acordo com economista sênior da CNC, Fabio Bentes, o avanço de 14% em 2021, já descontada a inflação, é atribuído à fraca base comparativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$ 7,35 bilhões. O economista acredita que, tal como aconteceu a partir de 2017 e observado nos anos anteriores, a tendência é de recuperação das vendas. “De 2017 em diante, as vendas vieram crescendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020 (devido à pandemia da covid-19)”, disse o economista.

A expectativa de expansão das vendas este ano, se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso aí é o lastro do otimismo no comércio. Foi assim também nas datas comemorativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na movimentação do varejo”.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinquedos será mais uma vez o destaque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projetado, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões, seguido pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança absoluta, com movimentação financeira de R$ 2,68 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 milhões). Juntos, os quatro estados deverão responder por 53,4% do total movimentado na data comemorativa.

A pesquisa mostra, por outro lado, que as maiores taxas em relação a 2020 são esperadas no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comércio se mostra mais forte do que nos demais estados.

Inflação
Fabio Bentes disse que apesar do aumento na circulação de consumidores, o varejo brasileiro terá dificuldades para evitar repasses aos preços de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada de 10,1%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). Os itens que compõem a cesta típica da data aumentaram 7%, maior taxa desde 2016 (8,8%).

egundo Fabio Bentes, “a crise ainda está nos calcanhares do comércio”. Entre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, os maiores reajustes em 12 meses são observados nos preços de bicicletas (15,9%), doces (12,3%) e lanches (10,9%), de acordo com a CNC.
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Atualizado: 07/10/2021 08:30

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