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Por 6 a 4, STF revoga liminar que mandou votar vetos em ordem

28 fev 2013 - 12:44

Redação Em Dia ES

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Com a decisão, a liminar fica suspensa, mas o mérito do processo ainda será julgado posteriormente, em data a ser definida. Com isso, os ministros afirmaram que os parlamentares podem, por enquanto, votar os vetos na ordem que quiserem. Isso abre caminho para votação do veto presidencial à lei dos royalties, que motivou o impasse. O Congresso deve discutir nesta quinta (28) as futuras votações.

O governo esperava pelo julgamento do Supremo devido à interpretação de que, sem a votação dos vetos, toda a pauta do Congresso ficaria trancada e nenhum projeto poderia ser votado, entre os quais o do Orçamento da União de 2013, cuja aprovação era esperada para o final do ano passado. O tribunal não respondeu sobre o trancamento da pauta, mas, na prática, a derrubada da liminar valida as ações anteriores do Congresso e possibilita a votação do Orçamento.

Seis ministros do Supremo votaram pela derrubada da liminar – Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Todos foram contra o voto do relator da ação, ministro Luiz Fux, que manteve posição dada na liminar de que a deliberação dos vetos deveria ser em ordem cronológica. Fux foi acompanhado por Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Joaquim Barbosa.

Em dezembro do ano passado, Fux suspendeu liminarmente, após mandado de segurança protocolado por parlamentares do Rio de Janeiro, a votação do veto presidencial à lei dos royalties, sob o argumento de que a Constituição exige a análise em ordem cronológica. Com isso, antes da votação do veto dos royalties, teriam de ser apreciados os mais de 3 mil vetos pendentes.

Depois da sessão, Fux disse acreditar que o plenário vai validar sua posição de que há necessidade de ordem cronológica, mas apenas para os novos vetos. Essa foi a proposta da Advocacia Geral da União, que pediu a revogação da liminar.

“O que ficou claro é que o plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu um estado de inércia de deliberação do Congresso absolutamente inaceitável. Na motivação da decisão ficou um recado ao Congresso de que o que passou, passou, mas que de agora em diante não façam mais.”

Redação Portal Ouro Negro
Fonte: G1.Globo.com/Política

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Atualizado: 28/02/2013 12:44

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