O Dia Internacional da Mulher é um momento de reflexão sobre conquistas e desafios enfrentados por elas em diversas áreas. No campo da sexualidade, um estudo da rede social brasileira Sexlog, especializada em sexo e swing, revelou um aumento de 12% no número de perfis femininos cadastrados em 2024. Os dados apontam que as mulheres estão cada vez mais assumindo o protagonismo de seus desejos, explorando fantasias e realizando fetiches.
Fetiches mais populares entre as mulheres
A análise da plataforma revelou que as preferências femininas variam conforme a região do país, embora algumas tendências sejam comuns. O fetiche por homens dotados lidera em todas as regiões, seguido de práticas como sexo anal, orgias e dupla penetração.
– Centro-Oeste: Dotado (64,2%), sexo anal (56,3%), orgia (32,2%), dupla penetração (30,6%) e gang bang (27,1%).
– Nordeste: Dotado (63,7%), sexo anal (57,6%), orgia (36%), dupla penetração (34,5%) e cuckold (29,1%).
– Norte: Dotado (67,8%), sexo anal (64,2%), orgia (38,8%), dupla penetração (35,4%) e gang bang (31,5%).
– Sudeste: Dotado (65,8%), sexo anal (62,2%), dupla penetração (36,2%), gang bang (35,3%) e cuckold (31,8%).
– Sul: Dotado (64,6%), sexo anal (60,5%), dupla penetração (37,9%), orgia (34,6%) e gang bang (31,8%).
Fetiches femininos: entre tabus e liberdade
A sexóloga e ginecologista Dra. Aline Ambrósio explica que, historicamente, o fetichismo esteve mais associado aos homens, enquanto as mulheres eram posicionadas de forma passiva na sexualidade. Com a revolução sexual, muitas passaram a se sentir mais livres para assumir e explorar suas preferências eróticas.
“A internet revolucionou e democratizou o conhecimento sobre sexualidade, permitindo que as mulheres descubram novas formas de prazer e assumam seus fetiches sem culpa”, afirma a especialista. Ela destaca que o fetichismo é uma manifestação natural da sexualidade, desde que praticado com consentimento e bem-estar entre os envolvidos.
Barreiras e quebra de tabus
Apesar dos avanços, muitas mulheres ainda enfrentam dificuldades para falar abertamente sobre seus fetiches. A educação sexual limitada e os tabus culturais contribuem para o silenciamento desses desejos.
“Muitas mulheres ainda têm vergonha de expor suas vontades, mesmo em consultas ginecológicas. Isso ocorre porque o medo do julgamento é um fator limitante. Criar espaços de diálogo seguro é essencial para que elas se sintam confortáveis em explorar suas fantasias”, explica Dra. Aline.
A comunicação é um dos pilares para a exploração segura dos fetiches. Segundo a Dra. Aline, casais que conversam abertamente sobre suas fantasias tendem a ter uma vida sexual mais satisfatória. O consentimento e o respeito aos limites do outro são fundamentais para que qualquer prática seja vivida de forma saudável.