O escritor Luiz Guilherme Santos Neves, um dos maiores nomes da literatura do Espírito Santo, faleceu nesta terça-feira (30), aos 90 anos. O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo anunciou o falecimento do associado, destacando sua contribuição para a cultura do estado. O velório será realizado a partir das 13h30 no cemitério Jardim da Paz, na Serra, com sepultamento marcado para as 16h30.
Nascido em Vitória em 1933, Luiz Guilherme Santos Neves era filho de Guilherme Santos Neves, pesquisador do folclore e renomado professor. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Espírito Santo e em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Espírito Santo, Luiz Guilherme dedicou-se à educação, lecionando História em diversos colégios e na Universidade Federal do Espírito Santo por 26 anos.
Sua trajetória literária começou em 1977 com a publicação de “Queimados”, que dramatiza a Insurreição do Queimado de 1849. Entre suas obras destacam-se “A nau decapitada” (1982), “As chamas na missa” (1986), “Torre do delírio” (1992), “História de Barbagato” (1996), “O templo e a forca” (1999) e “Capitão do fim” (2001). Também contribuiu com crônicas, obras didáticas e estudos históricos, colaborando com escritores como Renato Pacheco e seu irmão Reinaldo Santos Neves.
O governador Renato Casagrande expressou suas condolências nas redes sociais, afirmando: “O Espírito Santo perdeu hoje um dos grandes nomes de sua literatura, Luiz Guilherme Santos Neves. Minha solidariedade aos familiares, amigos e admiradores deste escritor e historiador que tanto contribuiu com a cultura do nosso estado.”
Luiz Guilherme deixa a esposa Therezinha, as filhas Beatriz, Marize e Marília, e quatro netos. O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo também prestou homenagem, reconhecendo a vasta e indelével contribuição do escritor para a literatura e a memória cultural do Espírito Santo.
