Com medo de faltar arroz nos supermercados do Espírito Santo, capixabas tem corrido às compras para fugir de uma possível alta no preço do alimento. O temor é que a destruição provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul impacte no preço final do arroz. O Estado gaúcho é responsável pela produção de 70% do arroz que é consumido no Brasil.
Para evitar um descontrole na oferta, supermercados do Espírito Santo têm limitado a quantidade que cada consumidor pode comprar. Em Linhares, norte do Espírito Santo, o dono de um tradicional supermercado disse que houve uma procura muito grande pelo arroz branco e que determinou a venda de somente 15 quilos por cliente.
“As pessoas estão comprando fardos e mais fardos para estocar, o que pode forçar uma falta do produto, por isso estamos limitando a quantidade que cada pessoa pode levar”, disse Anderson Grassi.
Apesar do temor de falta de arroz, a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul) afirma que o abastecimento está garantido e assegura não haver risco de falta do grão no país.
Ao portal A Gazeta, a rede Casagrande de supermercados informou ter limitado a venda de 10 quilos por cliente. A medida vale por tempo indeterminado, em todas as unidades do Estado.
“Devido à região Sul do Brasil ser uma grande produtora de arroz e pela rede Casagrande zelar sempre pela venda consciente, decidimos limitar a quantidade de venda de arroz até que o carregamento dos fornecedores do Sul volte à normalidade. Atualmente nossas lojas estão com os estoques abastecidos e também temos arroz em nosso Centro de Distribuição. Estamos em contato direto com nossos parceiros do Sul, ajudando como é possível e na esperança por dias melhores”, divulgou a rede de supermercados, por meio de nota.
Segundo a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), ainda não há falta de produtos nas lojas, já que os estabelecimentos capixabas possuem estoques para reposição. Ainda assim, o órgão não descarta impactos que possam ser causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
“A enchente no Rio Grande do Sul trará impactos não somente para o Espírito Santo, mas para muitos outros Estados, devido às dificuldades logísticas pontuais relacionadas a produtos como aves e suínos, que dependem em boa parte da soja e do milho do Rio Grande do Sul”, informa a Acaps, por nota.