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María Corina, opositora de Nicolás Maduro, vence Prêmio Nobel da Paz

10 out 2025 - 07:34

Redação Em Dia ES

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Segundo o comitê da organização, a premiação foi concedida pelo “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos” do país
María Corina Machado discursa durante protesto em Caracas. Foto: REUTERS/Maxwell Briceno

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, ganhou o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (10).

Segundo o Comitê Norueguês do Nobel, ela venceu “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

A organização afirmou durante o anúncio que Machado ajudou a “manter a chama da democracia acesa em meio a uma escuridão crescente”.

O comitê optou por se concentrar na Venezuela neste momento, em um ano dominado pelas repetidas declarações públicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que ele merece o Prêmio Nobel da Paz.

Antes do anúncio, especialistas no prêmio haviam dito que Trump não o ganharia, pois estaria desmantelando a ordem mundial internacional que o comitê do Nobel preza.

O Prêmio Nobel da Paz, avaliado em 11 milhões de coroas suecas, ou cerca de US$ 1,2 milhão, é entregue em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte do industrial sueco Alfred Nobel, que fundou a premiação em seu testamento de 1895.

Democracia sob repressão
A entidade lembrou que a Venezuela, antes considerada uma democracia estável, mergulhou em uma crise humanitária e econômica sob um regime “brutal e autoritário”.

Segundo o texto, o país enfrenta pobreza extrema, êxodo de mais de 8 milhões de pessoas e repressão sistemática à oposição, com fraudes eleitorais, prisões e censura à imprensa.

Em 2024, Machado foi impedida de disputar as eleições presidenciais, mas apoiou Edmundo González Urrutia, candidato da oposição unificada.

Centenas de milhares de voluntários se mobilizaram como observadores para proteger os votos, mesmo sob risco de detenção e tortura. O comitê destacou que “os esforços da oposição foram inovadores, corajosos, pacíficos e democráticos”.

‘Os instrumentos da democracia são também os da paz’
O Comitê Norueguês afirmou que Machado cumpre os três critérios estabelecidos por Alfred Nobel para o prêmio: promover fraternidade entre nações, reduzir a militarização e trabalhar pela paz.

“Ela demonstrou que as ferramentas da democracia também são as ferramentas da paz. María Corina Machado personifica a esperança de um futuro em que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes ouvidas”, concluiu o comunicado.

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Atualizado: 10/10/2025 08:20

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