A Polícia Militar se organiza para realizar a desocupação da área da empresa Suzano, em Aracruz, norte do Espírito Santo, ocupada por 200 trabalhadores do Movimento Sem Terra (MST).
A Justiça determinou nesta terça-feira (18) a retirada dos invasores das áreas localizadas no distrito de Jacupemba e em Vila do Riacho.
A ocupação teve início na madrugada desta segunda-feira (17). A liminar de reintegração de posse foi concedida em regime de urgência, com a determinação de multa de R$ 5 mil por pessoa por cada hora que os manifestantes permanecerem no local.
MST acusa Suzano de grilagem.
De acordo com o MST, a área ocupada pelo movimento seria patrimônio do governo do estado e estaria sendo usada há anos pela empresa.
“A informação partiu do IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) na qual aponta que a Aracruz Celulose, atual Suzano, grila terra no estado há mais de três décadas, nos municípios de Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Chegando no total de mais de 11 mil hectares”, diz um comunicado do MST.
“Queremos essas áreas para a Reforma Agrária, produzir alimentos saudáveis e acabar com a fome. Essas áreas podem assentar mais de mil famílias, se o governo do estado através do Incra destinar a criação de assentamento da reforma agrária”. Suzano se disse surpresa com invasão.
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Em nota, a assessoria de comunicação da empresa Suzano informou:
“Fomos surpreendidos com a invasão, por parte do MST, de outras duas áreas produtivas da Suzano, no estado do Espírito Santo, mesmo em um contexto de diálogo e construção de convergência entre as partes. Cabe reforçar que a empresa cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas aplicáveis às áreas em que mantém atividades, tendo como premissas em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente. Também reafirma a importância da Constituição, do direito à propriedade privada e da manutenção do Estado de Direito”,
disse a nota.