Peixes e crustáceos que vivem no Rio Doce estão contaminados com metais pesados. A conclusão é de uma análise feita a pedido da Justiça. Os laudos revelam que os níveis de metais pesados no organismo desses animais estão acima do tolerável.
Durante a pesquisa, nenhuma outra fonte de exposição, como água, suplementos e demais grupos alimentares foram avaliados, além de peixes e crustáceos. O relatório aponta que 42 cidades foram afetadas pelas substâncias químicas, a maioria em Minas Gerais.
No Espírito Santo as cidades impactadas foram: Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Linhares, Aracruz e São Mateus. A perícia apontou que há riscos nos peixes contaminados por mercúrio, metilmercúrio, arsênio inorgânico e bifelinas policloradas.
Especialistas afirmam que o consumo de pescado nessas condições pode levar problemas neurológicos em fetos e mulheres grávidas. Grandes quantidades também podem afetar a visão e coordenação motora. Há ainda o risco de doenças na pele e câncer.