Para o coordenador das pastorais no Estado, o padre Kelder Brandão, os cristãos não acreditam no fim do mundo. “Isso é um fato decorrente. Constantemente surgem essas histórias e em alguns momentos eles ganham dimensões maiores”.
O religioso aproveitou para dizer que, ao invés de espalharem especulações sobre o fim do mundo, as pessoas deveriam se empenhar em desenvolver ações para acabar com a violência no Estado e a corrupção no país.
“As pessoas têm uma tendência a acreditar em fenômenos sobrenaturais. Mas com o tempo isso passa. Na semana que vem vão ver que nada aconteceu e tudo volta ao normal”.
Apesar de não acreditar nas profecias, o padre faz um alerta à população para que o mundo não seja destruído pela própria humanidade. “Se continuarmos com essa relação que temos com o meio ambiente, por exemplo, com a redução da camada de ozônio, é possível que a terra chegue à exaustão”.
Na última semana, o Vaticano enviou comunicado dizendo que “por enquanto” o fim do mundo não chegará, segundo declaração do diretor da Specola Vaticana (Observatório Astronômico), José Funes, que afirmou que as pessoas não devem se preocupar com “profecias” como a dos maias.
De acordo com o calendário maia, o fim do mundo vai ocorrer no dia 21 de dezembro. Funes disse que nos últimos dias tem se falado muito no fim do mundo, e que basta navegar pela internet para ver que esse tema registra 40 milhões de resultados.
O diretor da Specola Vaticana afirmou que a visão cristã do universo e da história têm um sentido e que no ser humano existe a convicção de que a morte não pode ter a última palavra. “A cosmologia nos mostra que o universo caminha rumo a um estado final de frio e escuridão e a mensagem cristã nos ensina, pelo contrário, que na ressurreição final, a do último dia, Deus reconstruirá cada homem, cada mulher e todo o universo”, ponderou.
Fonte: FolhaVitoria.com.br
