Serão, em média, R$ 1,3 milhão por ano, sendo cerca de R$ 1 milhão aportados no Monast e R$ 300 mil na REBio
O Governo do Espírito Santo, por meio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), e a Vale assinaram, nesta quinta-feira (03), um acordo de cooperação técnica para apoio nas atividades de proteção ecossistêmica de duas Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral. As UCs beneficiadas serão o Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), que fica em Atílio Vivácqua, Mimoso do Sul e Muqui; e a Reserva Biológica Duas Bocas (REBio Duas Bocas), localizada no município de Cariacica.
O acordo tem vigência de cinco anos, período no qual os mais de 13 mil hectares, somando-se as áreas das duas unidades, serão beneficiados com investimentos de cerca de R$ 6,2 milhões. Serão, em média, R$ 1,3 milhão por ano, sendo cerca de R$ 1 milhão aportados no Monast e R$ 300 mil na REBio.
Para o governador Renato Casagrande, o Estado pode se tornar referência também na preservação ambiental. “O Espírito Santo é referência em muitos assuntos, como na gestão fiscal e na educação. Podemos ser também referência na área ambiental. Para isso, a participação das grandes empresas é fundamental. Temos programas na área de recursos hídricos e ambiental”, disse.
Os valores, oriundos da empresa, serão investidos gradualmente na proteção da biodiversidade das UCs, para garantir a disponibilidade dos recursos necessários (material e pessoal) para a prevenção e combate aos incidentes; garantir equipes preparadas para atendimento aos diversos cenários possíveis; resguardar a floresta da exploração predatória e realizar ações de prevenção e combate à caça, ao roubo de madeira, à coleta de recursos botânicos e à ocorrência de incêndios.
“Dentro do compromisso assumido pela Vale de recuperar e proteger 500 mil hectares de áreas até 2030 está a proteção de 400 mil hectares de floresta, principalmente em parceria com UCs. Foram escolhidas duas unidades no Espírito Santo, sob gestão do Iema, para serem beneficiadas pelo acordo. São recursos importantes para a gestão e a proteção da biodiversidade em cada uma delas”, afirmou o gerente de Recursos Naturais do Iema, José de Aquino Machado Júnior.
Além disso, a empresa também fornecerá ao Iema o Sistema de Gestão Integrada de Áreas Protegidas (SGIAP), um software para armazenar, organizar e a integrar dados de áreas ambientais. Esse sistema já é usado na Reserva Natural Vale (RNV), em Linhares, e na Reserva Biológica de Sooretama, sob gestão do ICMBio. “Por meio dele, será possível concentrar em um só lugar o controle de patrimônio e manutenção, a disponibilidade de recursos e diversos dados como, por exemplo, se houve focos de queimadas, pesquisas e afins nas UCs”, explicou o gerente.
A partir desses dados, os gestores poderão desenvolver estratégias mais eficazes para contribuir com a conservação da biodiversidade do Monumento Natural Estadual Serra das Torres e da Reserva Biológica Duas Bocas.
“Em 2020 reafirmamos nosso compromisso de ajudar a conter o avanço do aquecimento global, causado pela emissão de gases de efeito estufa. Estabelecemos a meta de chegar a 2050 como uma empresa carbono neutra. Isso significa reduzir não só as nossas emissões como influenciar nossa cadeia de valor”, declarou o diretor-executivo de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da Vale, Luiz Eduardo Osorio.
“Estamos avançando com iniciativas concretas, e a Reserva Natural Vale terá papel fundamental em nossa meta de recuperar e proteger além das nossas fronteiras e do que já protegemos hoje. Atualmente, protegemos ou ajudamos a proteger cerca de 51 mil hectares de áreas florestais no Espírito Santo. É com esse propósito que formalizamos o acordo de cooperação técnica com o Iema para proteção dessas duas unidades de conservação”, completou Osorio.