O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, deu início nesta segunda-feira (23), na Fiesp, em São Paulo, à terceira fase do programa Brasil Mais Produtivo.
A nova etapa foca na criação de “fábricas inteligentes” e conta com um investimento de R$ 160 milhões em tecnologias da Indústria 4.0, visando a digitalização e aumento de produtividade de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
“A meta é digitalizar, é ganhar produtividade, reduzir custos, qualificar e fazer as empresas crescerem”, afirmou Alckmin, destacando que a iniciativa visa apoiar MPMEs, que compõem a maior parte do setor empresarial brasileiro. O programa faz parte da missão 4, chamada “transformação digital”, que integra a política industrial Nova Indústria Brasil, lançada pelo governo em janeiro deste ano.
Durante o evento, Alckmin ressaltou outras ações do governo federal que têm sido essenciais para a retomada da indústria, como o programa de Depreciação Acelerada, a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), o Mobilidade Verde e Inovação (Mover), além da ampliação de incentivos fiscais para a indústria de semicondutores e tecnologia da informação com o novo Padis.
Alckmin também reafirmou o compromisso com o cumprimento do arcabouço fiscal e destacou a queda da carga tributária do governo federal, que passou de 33,07% do PIB, em 2022, para 32,04% em 2023. “Vamos cumprir o arcabouço fiscal”, disse.
Fábricas inteligentes: o futuro da indústria brasileira
A terceira etapa do programa Brasil Mais Produtivo, realizada em parceria com BNDES e Finep, prevê a implementação de 360 projetos de “fábricas inteligentes”, que poderão beneficiar até 8,4 mil MPMEs em todo o Brasil.
As empresas selecionadas terão acesso a tecnologias como inteligência artificial, sensores digitais, Big Data, computação em nuvem, internet das coisas (IoT) e impressão 3D, com o objetivo de aumentar a competitividade e a produtividade.
O programa também oferecerá consultoria em transformação digital para médias empresas, subsidiada em 70% pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Essas empresas poderão acessar ferramentas de avaliação de maturidade digital e contar com linhas de financiamento oferecidas pelo BNDES e Finep para implementar as novas tecnologias.
A transformação digital das indústrias é vista como um fator-chave para a redução de desigualdades tecnológicas e o fortalecimento da economia. O programa busca impulsionar a geração de empregos qualificados e intensivos em conhecimento.