O estado do Espírito Santo possui cerca de meio milhão de empresas ativas, segundo dados disponíveis na plataforma Econodata. E possui uma característica que todas elas compartilham: a busca por economia. Impostos, funcionários, insumos, tudo isso traz para as pequenas e médias empresas a necessidade de prever reduções de gastos que impactem no dia a dia da empresa. A luz é um desses itens, e a recente crise energética que o Brasil enfrentou, inclusive, passou a ser ponto crucial nas discussões sobre o uso de recursos naturais e também de economia. E é então que entra a Geração Distribuída como alternativa para PMEs capixabas apostarem no serviço.
A GD, como é conhecida popularmente, é uma modalidade autorizada pela Aneel desde 2012, mas que teve seu marco regulatório sancionado através da Lei n.14.300 aprovada em janeiro de 2022 e que regula o mercado de micro e minigeração de energia. Na prática, são oferecidas modalidades sustentáveis de captação e geração de energia, geradas através de fontes renováveis como a solar, a eólica, de biomassa, hidrelétricas, entre outras. “A geração de energia tem impacto direto no meio ambiente, e ao possibilitar que PMEs possam optar pelo uso de uma energia gerada através de pequenas usinas hídricas ou eólicas, por exemplo, contribui-se para que exista uma mudança de cultura organizacional, mais preocupada com práticas sustentáveis”, explica Miguel Segundo, CEO da Gedisa, empresa que faz parte do Grupo Ergon e que opera no Sul do país oferecendo a gestão da GD.
Na prática, a empresa que optar por essa modalidade não só consegue se adequar a uma política sustentável, como também consegue obter desconto na fatura da luz, por meio da compensação de créditos sem precisar de investimento nenhum. “Muito se fala em energia solar, mas essa é uma opção que ainda exige um investimento alto, e isso nem sempre é possível para pequenas empresas. Para isso, existe também a modalidade de geração compartilhada, em que consumidores podem se reunir em cooperativas e, desta forma, aderir à Geração Distribuída e garantir a compensação de até 20% do valor da fatura de luz”, alerta Miguel.
Bom pra quem usa, bom para a natureza
E para quem se preocupa com a questão energética, pode ficar tranquilo. As projeções para setor de energia de Geração Distribuída (GD) são otimistas. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o segmento deve, até o final de 2022, apresentar um crescimento de 105% quando comparado ao total instalado em 2021, passando de 8,3 GW para 17,2 GW, em decorrência da recente e sancionada Lei nº 14.300. Além da economia, a modalidade também estimula a economia sustentável, apoiando o surgimento de geradoras de energia renováveis independentes. Desta forma, cada vez mais torna-se possível atingir a meta 7 proposta pelo relatório da ONU.
“Estamos promovendo a divulgação da Geração Distribuída, pois é um negócio vantajoso para todas as partes envolvidas. Os números altos de novas adesões à modalidade em todo o país e nos estados em que a Gedisa está presente, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, têm mostrado que é um setor muito promissor. Já estamos no setor de energia há mais de 15 anos com o fornecimento de GLP e geração de energia. Com a GD, conseguimos em um ano levar uma nova forma de consumir energia elétrica com desconto de até 20% na conta de luz”, conta Flávio Andrade, CEO do Grupo Ergon.