O escritório humanitário das Nações Unidas disse nesta quarta-feira (13) que Gaza enfrenta um “desastre de saúde pública” devido ao colapso de seu sistema de saúde e à propagação de doenças causadas pela superlotação.
“Todos nós sabemos que o sistema de saúde está ou entrou em colapso”, disse Lynn Hastings, Coordenadora Humanitária da ONU para o Território Palestino Ocupado. “Temos uma fórmula clássica para epidemias e um desastre de saúde pública.”
As Nações Unidas e grupos de ajuda deram o alarme sobre a propagação de doenças infecciosas em Gaza, onde o deslocamento interno de 85% da população causou superlotação em abrigos e outras instalações de moradia temporária.
A OMS relatou um aumento acentuado nas infecções respiratórias agudas, diarreia, piolhos, sarna e outras doenças de rápida propagação.
Hastings disse que as pessoas em Gaza tinham que fazer fila por horas apenas para acessar um banheiro.
“Você pode imaginar como são as condições de saneamento”, disse ela.
A OMS disse nesta terça-feira (12) que apenas 11 dos 36 hospitais de Gaza estavam parcialmente funcionais, um no norte e 10 no sul do território.
Hastings disse que quase metade da população de Gaza de 2,3 milhões estava agora em Rafah, no extremo sul do enclave, para escapar do bombardeio israelense.
“Isso não está levando a nada além de uma crise de saúde”, disse ela.