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Estudo inédito vai mapear a saúde mental dos servidores de segurança pública do ES

12 abr 2022 - 08:30

Redação Em Dia ES

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Os projetos que integram a pesquisa vem ao encontro do programa “Estado Presente”, liderado pelo governador, Renato Casagrande, no eixo de valorização profissional
Pela primeira vez, será realizado um estudo que mapeará a saúde mental do servidores de segurança pública do Espírito Santo. O projeto reunirá dados sobre cerca de 15 mil profissionais das Polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF), Militar (PMES), Civil (PCES), Corpo de Bombeiros Militar (CBMES), além das Guardas Municipais de Vila Velha, Serra, Viana e Linhares.

O presidente da Comissão Permanente de Atenção à Saúde dos Profissionais de Segurança Pública, Defesa Social e Justiça do Espírito Santo (Copas), Pedro Ferro, explicou que a pesquisa já apresenta resultados.

Os projetos que integram a pesquisa vem ao encontro do programa “Estado Presente”, liderado pelo governador, Renato Casagrande, no eixo de valorização profissional.

“A pesquisa será realizada em três projetos inéditos que estão sendo desenvolvidos pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), em conjunto com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES). O primeiro está realizando um importante diagnóstico de saúde mental das forças de segurança”, detalha Ferro.

Segundo ao presidente da Copas, até então, no Estado, não haviam dados à respeito da saúde dos profissionais das diversas forças de segurança. Nesse ínterim, a pesquisa está abrangendo a Região Metropolitana de Vitória e o Norte do Espírito Santo.

De acordo com o presidente, o principal objetivo da Sesp com os resultados da pesquisa é desenvolver uma estratégia para melhorar a qualidade de vida desses profissionais. “O objetivo da Secretaria é trabalhar em prevenção e qualidade de vida, antes do afastamento por adoecimento mental. Isso é cuidar de quem cuida das pessoas”.

Ainda segundo Pedro Ferro, os dados apresentados pelas Guardas Municipais estão direcionando os atendimentos psicossociais em cada força de segurança, de acordo com os relatórios entregues aos gestores das áreas psicossociais.

“Assim, é apontado para o precisa ser feito, para que o profissional se sinta acolhido, seguro no desempenho das funções, e sejam direcionados investimentos”, detalha o presidente da Copas.

Conforme o explicado por Ferro, o maior desafio na coleta de dados para a pesquisa está sendo a colaboração dos profissionais. “No último ano, fizemos visitas nos batalhões, companhias, delegacias e outras unidades policiais, para explicar a metodologia e a importância da adesão. A saúde mental do trabalhador de segurança pública ainda é um tabu, pois a sociedade construiu uma ideia de que este profissional é invencível. Nosso objetivo é trazer luz para esse assunto e realmente dar atenção à saúde mental desse trabalhador”.

A pesquisa
Fazem parte dos Projetos da Sesp, Ufes e IPPES todas as forças policiais que pertencem ao Sistema Único de Segurança Publica (SUSP). O financiamento está sendo feito pelo Fundo Nacional de Segurança Pública e os investimentos passam de R$1 milhão, explica Ferro. “Ainda em 2022, estaremos iniciando um curso de pós-graduação, coordenado pela Ufes, de saúde coletiva com ênfase em saúde mental”.

A pesquisa está mapeando, de forma qualitativa e quantitativa, em que situação se encontra a saúde emocional dos profissionais que atuam diretamente na Segurança Pública do Estado. Segundo ao presidente do Copas este diagnóstico irá basear e direcionar as ações de atenção à qualidade de vida desses trabalhadores.

Na Sesp, o trabalho é realizado pela Copas, sob supervisão da Gerência de Atenção ao servidor, sendo responsável o professor Pedro Luiz Ferro, na Ufes. A unidade responsável é o Núcleo de Pesquisa, Inovação e Planejamento Socioeconômico (Nupla), vinculado ao Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), coordenadas pelos professores Marcelo Fetz e Andre Michelato Ghizelini.

Próxima etapa: Soma-Si
O segundo projeto também em andamento tem o objetivo de uma pesquisa científica, do tipo pesquisa-ação técnica, com característica de projeto-piloto, estruturada a partir de um estudo de levantamento, parte do Programa de Valorização do Servidor da Segurança Pública do Estado do Espírito Santo.

Da mesma forma que o projeto-piloto, a  pesquisa Soma-Si compõe-se de ações temporárias para testar a viabilidade de uma proposta de intervenção adaptada e voltada exclusivamente para essa valorização do servidor, contemplando ações que gerem efeitos positivos no âmbito da saúde física e mental, a partir de dados desse estudo de levantamento.

Nesta etapa, a Sesp espera que 600 servidores das forças policiais sejam acompanhados. O terceiro projeto realizará uma pesquisa diagnóstico que produzirá subsídios para a construção de um plano de ação de prevenção e pósvenção no campo de Segurança Pública e Defesa Social no Espírito Santo. Além disso, irá capacitar os gestores para que possam identificar situações em que o servidor possa estar sendo encaminhado para acompanhamento.

O Projeto Soma-si é coordenado pela professora Adriana Madeira, do Departamento de Biotecnologia, e o Projeto do IPPES pela professora Dayse Miranda.

Com ESHoje
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Atualizado: 12/04/2022 08:30

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