O estado do Espírito Santo apresentou o melhor resultado da região Sudeste no Índice de Condição da Manutenção (ICM) do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (DNIT), com 94% da malha rodoviária federal classificada como boa. Este é o melhor desempenho registrado pela autarquia desde 2016.
De acordo com a secretária Nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, esse resultado positivo é fruto dos investimentos do Ministério dos Transportes e da gestão eficiente das obras, que incluíram intervenções no momento adequado e com as soluções corretas.
A secretária esclareceu que a avaliação abrange a malha federal não concedida no Espírito Santo, incluindo rodovias como a BR-259, BR-262, BR-447 e BR-381, todas sob a administração do DNIT. “Essas obras são executadas com recursos do governo federal, sendo todas obras do DNIT”, afirmou. Atualmente, 100% da malha rodoviária federal do estado está coberta por contratos, o que permite a realização contínua de trabalhos de manutenção, restauração e conservação.
O índice de condição da malha, desenvolvido pelo DNIT, avalia diversos parâmetros técnicos, como sinalização, drenagem e a ausência de buracos nas rodovias. Viviane Esse destacou que aspectos como a visibilidade da sinalização vertical, a roçada das rodovias e a avaliação da drenagem também são considerados, sempre com foco na experiência do usuário que trafega pelas vias.
Além do DNIT, a Confederação Nacional de Transportes (CNT) também realiza uma verificação dessas condições. “Fechamos o mês de maio com essa condição da malha. É muito importante utilizar os nossos recursos para ampliação de capacidade, duplicação, faixas adicionais e melhorias em cidades, mas também reservar parte desse valor para a manutenção do bem público, que são as rodovias”, disse a secretária.
A média nacional de rodovias avaliadas como boas está em 70%, segundo o ICM do DNIT. Na avaliação divulgada neste mês de junho, com dados referentes ao mês de maio, mais de 42 mil quilômetros das rodovias brasileiras receberam avaliação boa no ICM. Outros 10,6 mil quilômetros foram classificados como regulares, correspondendo a cerca de 18% do total. Os restantes 12% (7,6 mil quilômetros) receberam avaliação ruim ou péssima.
Em comparação com dezembro de 2022, o DNIT elevou o nível de mais de 10 mil quilômetros de estradas classificadas como “boas”. Naquele período, eram 31,8 mil quilômetros, ou 52% do total, elevando em mais de 32% a malha com classificação boa desde o início da gestão atual.
O ICM foi criado pelo DNIT para avaliar a condição da manutenção das rodovias sob sua jurisdição, servindo como referência para o acompanhamento das ações da autarquia.
O índice é calculado a partir de levantamentos de campo, classificando cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom. O cálculo é composto pelo Índice de Pavimentação (IP), que representa 70% do valor final, e pelo Índice de Conservação (IC), que representa os 30% restantes.