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O Espírito Santo lançou nesta quinta-feira (3) o plano de desenvolvimento de longo prazo “ES 500 Anos”, iniciativa que estabelece uma visão de futuro para o Estado até 2035, ano que marca os 500 anos da colonização do solo espírito-santense. O plano, construído em colaboração com a sociedade civil, setor produtivo e academia, define cinco missões estratégicas para guiar o desenvolvimento estadual na próxima década, sendo o terceiro ciclo de planejamento de longo prazo implementado no estado.
Durante o lançamento, o governador Renato Casagrande classificou o momento como “um dia histórico e carregado de um simbolismo muito grande”. Segundo ele, o objetivo é consolidar uma cultura de planejamento a longo prazo. “A gente poder vislumbrar o que será esse Estado para daqui a 10 anos mostra uma capacidade muito grande de garantir um Estado organizado, equilibrado, com capacidade de enfrentar os desafios e, ao mesmo tempo, um Estado com capacidade de diálogo”, afirmou o governador.
O plano é resultado de um processo que incluiu a realização de oficinas nas dez microrregiões capixabas e a participação de diversos setores. “É um planejamento de Estado, não é um planejamento de governo. Qualquer governante em qualquer nível de governo poderá utilizar esse plano porque ele está construído ouvindo a sociedade capixaba”, destacou Casagrande.
Uma construção coletiva
A elaboração do ES 500 Anos contou com a articulação de governos, empresas, universidades e a sociedade civil. O documento agrega diagnósticos de várias instituições e revisita metas do plano anterior, o ES 2030, a partir de uma análise situacional realizada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
Nailson Dalla Bernadina, presidente do Espírito Santo em Ação, ressaltou o caráter colaborativo do projeto. “Rodamos as 10 microrregiões do Estado, ouvindo e dando densidade a esse documento, que, como o governador bem disse, é um documento de atualização. Nós temos novos desafios, tecnologias emergentes, nós temos o desafio da transformação do trabalho, o desafio da educação”, disse, complementando que o objetivo é que o documento seja visto como “transformador” e “apartidário”.
A mobilização da sociedade foi também elogiada por Jorge Gerdau, presidente da Gerdau. “Essa conjugação possibilita que o Estado do Espírito Santo hoje seja um exemplo no Brasil no sentido de uma visão estratégica. E sem visão estratégica você não constrói o desenvolvimento”, pontuou.
As 5 missões estratégicas
O plano está estruturado em cinco missões que servem como compromissos para orientar os esforços conjuntos até 2035, sendo eles:
Economia Diversificada, Inovadora e Sustentável: Foco em consolidar um desenvolvimento que contribua para a redução das desigualdades sociais e regionais, promovendo a diversificação da economia do Espírito Santo.
Polo de Competências: Tornar o estado um polo regional de excelência, formando cidadãos com habilidades para as novas demandas do mercado de trabalho.
Cuidado Integral: Consolidar o desenvolvimento humano, a qualidade de vida e o orgulho de pertencer, promovendo uma sociedade justa, diversa e segura.
Sustentabilidade e Resiliência Climática: Avançar para uma economia de baixo carbono, garantindo a resiliência dos territórios aos riscos climáticos e promovendo a conservação ambiental.
ES Ágil e Inteligente: Fortalecer o Espírito Santo como um dos estados mais eficientes e fiscalmente responsáveis do país, com destaque para a participação digital da comunidade e o fortalecimento de suas instituições.
Turismo como pilar e visão de futuro
O governador Renato Casagrande também destacou o papel do turismo no desenvolvimento futuro do estado. “O turismo se transformou num pilar forte (…) para o nosso desenvolvimento, desenvolvimento para o presente e para o futuro. Nós estamos hoje já fazendo fortes investimentos públicos e privados nesse setor e ele será cada vez mais uma oportunidade para nós”, declarou.
Casagrande finalizou com uma mensagem sobre a importância do planejamento ser guiado por uma visão compartilhada. “A mensagem que este plano deixa é a mensagem da necessidade e da importância do planejamento e antes do planejamento vem o desejo e a necessidade de toda a sociedade ter um sonho. Nenhuma sociedade fica de pé sem sonhar, e o Espírito Santo sonha”, concluiu.
